sexta-feira, 1 de maio de 2009

O polvo do oeste

Das coisas que dão um certo alívio na vida, a mais garantida é ver que nesse mundo maluco sempre existem pessoas mais out of the little house do que a gente. Não importa quanta besteira tu fale ou pense, tampouco se teu estilo de vida é socialmente aceitável, sempre vai surgir alguém de quem tu vai rir mais do que tu ri de ti mesmo (e é bom rir de si mesmo!).

Pois bem. Estava eu ontem numa baladinha de gafieira com as amigas Rita e Rê, mais assistindo à aula de dança do que me aventurando no salão quando, encostada no balcão do bar esperando meu drink coffee based - sim, pois profissional de TI que se preza bebe café até na balada - se aproxima de mim uma mulher. Aliás se aproximou, se aproximou muito (medo) e quando estava praticamente me desequilibrando com seu corpo, disse-me:
- Esse é o polvo do oeste! Tá vendo?
- Ahn, polvo?... Ah tá, beleza, disse eu.
- E digo mais! Tu é a guardiã do polvo do oeste, viu? - continuou a criativa loira, agora falando ao pé do meu ouvido, argh!
- Eu? Que isso... vou guardar polvo nenhum não, que tô aqui apenas esperando minha bebida.
Não satisfeita, ela prosseguiu:
- Bom, tu que sabe, mas então deixa o polvo aqui quietinho com as suas franjas (hein? polvo com franjas?) que ele não vai te incomodar.

Esperei apenas o barman tirar uma foto do meu copo para o seu portfolio e saí de ladinho feito um caranguejo, que esse papo de bichos marinhos já tinha cansado.

O tal polvo da dona loira bêbada era uma maxibolsa cheia de franjas que ela simplesmente queria deixar a salvo sobre o balcão do bar - ignorando a chapelaria da casa noturna onde estávamos. Ao contar para as meninas do diálogo inédito, a Rê ainda pôde enxergar que a mulher usava botas de cano alto, salto alto, tudo alto, mas com uma meia de algodão que ia até o joelho, excedendo o cano da bota. Tudo isso com um vestidinho diáfano. E bêbada. Friso bem porque beber é arte; beber além da conta às vezes é preciso; porém sair do seu quadrado (e invadir solenemente o meu) me incomoda muito, como já disse nesse post. Enfim, uma figura única e totalmente desconectada com o local.

E a noite foi tão insana que lá pelas tantas os dois solteiros mais gatos do local vieram se apresentar a nós. Ai, me belisca! :o)
Só que como nada nessa vida é de graça e Murphy é meu melhor amigo, um deles era tímido de doer... Ou seja, sem chance comigo, porque boa conversa e charme são o que realmente me cativam.

O melhor negócio foi terminar a noite fazendo aquele lanchinho básico na Lima e Silva e filosofando sobre relacionamentos alheios com as meninas. Aliás, como a bebida aflora nosso lado analítico, não?

5 comentários:

  1. Discordo! Estava tudo muito bom, não só o xis às 3:00hs da manhã...hehe
    O fato de estar num lugar totalmente fora dos padrões da nerdice em que estou imersa semanalmente, foi algo muito especial também...Tudo tão insano, que acordei só às 6 da tarde do dia seguinte, pode? :-)

    Bjs,
    Rita.

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  2. Viuuuu, apesar da granola eu nunca criei o "polvo do oeste" depois de beber, este ser loiro ainda estaria no estágio menos evoluído da criatividade etílica :)

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  3. Poxa, às seis da tarde eu já estava na rua de novo... no show do Pe. Marcelo, huahuahua. Tinha ido para assistir ao Skank, mas desisti por ter chegado na hora do padre e por estar cheio de maloqueiros no local. Passe livre sux!
    E pois é, ninguém consegue ser tão criativa como a Rê depois de bêbada. O troféu sempre será dela!

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  4. podia ser pior..........
    Ainda bem que a "polvo do oeste" não quis invadir o teu redondo, ela parou no quadrado

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  5. É Dani, depois do homem mais lindo da festa ser bunda mole era só o que nos faltaria mesmo :)

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