terça-feira, 19 de maio de 2009

Diário de uma mulher na TPM

Querido diário... aliás, apenas "diário", porque chamar de "querido" é uma mania meio emo, já que a tua função é justamente essa: receber minhas confissões.

Hoje o dia realmente amanheceu contra mim, e todas as forças da natureza se aliaram a Murphy para que a terça-feira seja irritante. Entendo perfeitamente a simpatia que ele - Murphy - tem para comigo, mas entendo também que ele seria mais agradável se me desse folga de vez em quando. Mas vamos aos fatos.

Acordei às 06:45h (praticamente de noite ainda) com um frio do caramba e com uma cara amassada de quem tinha ido se deitar 5 horas antes. Agradeço ao espelho por não ter me poupado disso. Após tomar um café correndo e escolher que roupa vestir - já que acordei com aquele inchaço característico das mulheres que sofrem para manter sua saúde reprodutiva -, saí correndo para a aula. Na primeira esquina senti uma agulhada tremenda que me fez parar de caminhar e concluir: "terei um dia de cólicas, legal!".

Chegando à aula, que era de apresentação de diversos trabalhos, tive que me segurar no descanso da poltrona para não levantar e "desenhar" para um colega que o Paraná não fica em Santa Catarina e vice-versa, como ele insistentemente apontava em seu mapa de canais de distribuição. É um absurdo o percentual de alunos que matam as aulas de geografia na escola! Tsc, tsc. E todos os trabalhos de todos os grupos eram extremamente verdes... na falta de criatividade, ser sustentável é a solução. Que tédio...
Apresentei o meu trabalho fashionista com a parceira de UFRGS (e de cólicas) Tubis, fui tomar um café com ela e, assim que subi no ônibus para vir trabalhar, dei-me conta de que esqueci de entregar um livro na biblioteca (livro que já estava com a devolução atrasada). Ótimo, menos R$2,00 no bolso!

No trabalho o dia até que começou tranquilo, não fossem alguns usuários do nosso sistema que fazem coisas erradas e culpam nós, os programadores. Passei meio turno pelo menos atendendo esse tipo de demanda e entoando aquele mantra "não xingarei o usuário, não excluirei o login do usuário, não xingarei o usuário...".

Mas preciso confessar que, no restaurante, todas as tias senhoras à minha frente resolveram escolher a dedo que almôndega de proteína iriam colocar no prato, bem como que folha de alface combinaria melhor com seu composê gastronômico. E eu que já estava em um vegetariano sem muita animação (apenas para aliviar a consciência), tive ganas de pisar no pé delas umas duas vezes, "para agilizar o processo".

Ao voltar para a empresa, trios de transeuntes lentos cruzavam a calçada para me bloquear a passagem. Diário, eis uma coisa que me irrita muitíssimo: pessoas que caminham em barreira e a passo de lesma ocupando toda a largura da calçada. Lembrei-me de uma tia/amiga de família/sei lá que costumava andar pela Rua da Praia dando simpáticos cotovelaços nessas figuras, e por pouco não fiz o mesmo.

Naturalmente quando decidi beber um café após o almoço, cheguei na copa do andar onde trabalho e alguém tinha esvaziado as duas térmicas minutos antes, sem preparar um novo café. Padrão, padrão!

Seguiu-se mais uma tarde de resolução de problemas de usuários onde, se algo de bom aconteceu, foi o fato de o meu colega aniversariante ter curtido o presente que comprei para ele em nome da equipe. Ainda bem, né, porque desde as 7 da manhã estava carregando uma garrafa de cachaça na mochila! Não poderia ser em vão!

Agora só espero poder ir direto para casa tomar um banho quente (e ai do chuveiro que cogite queimar uma resistência hoje), comer qualquer coisa e dormir o que não dormi no final de semana em função da dona UFRGS.

E se o meu vizinho colocar Mallu Magalhães com volume alto hoje... rezarei por ele!

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