segunda-feira, 27 de abril de 2009

Addicted to Franz Ferdinand

Sabe quando tu encontra uma música que gruda nos ouvidos e a vontade é de ligar o repeater em loop? Sim... exatamente como o meu vizinho faz com as mesmas músicas chatinhas que ele ouve todo dia! :o)

Pois esse é o meu vício dos últimos dois meses pelo menos. Tá certo que ouço muita coisa diferente, mas se hoje precisasse me definir em uma tag, seria electrorock certamente. E sempre recomendei Franz Ferdinand como banda de se aproveitar o CD inteiro.

Seguidamente me pego cantando esse trechinho:

"And you leave me dancing alone
Yeah you leave me to die on the floor
You can't feel it"

Bom, chega de justificativas porque gosto musical é extremamente subjetivo. Então segue o som (uma pena não ter encontrado algum vídeo maneiro):

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Inquietude

Há pouco me peguei passando por todos os sites de imobiliárias da cidade a fim de procurar um apartamento. Um imóvel maior do que o atual, com uma vista agradável, mas com uma cozinha tão boa quanto a minha. Preferencialmente no mesmo bairro, que aprendi a amar.

Tudo bem, não fosse o fato de que estou morando nesse apartamento há menos de oito nove meses!

Antes o que importava era sair da casa dos meus pais (não que eu não me dê bem com eles, pelo contrário, amo-os!) e vir morar próxima i) da universidade e ii) próxima da empresa onde trabalho, além de iii) estar próxima dos amigos e lugares que frequento.
Quando encontrei esse apartamento, agarrei-o com as duas mãos - e com uma choradeira legitimamente mexicana à funcionária da imobiliária - pois é seguro, bem localizado, reformadinho, na rua mais simpática do bairro, enfim.
Mas com o passar do tempo surgiram vizinhos barulhentos, dei-me conta de que a falta de uma vista legalzinha incomoda e falta espaço (é um kitinete/JK/conjugado). Mal paguei as contas dos móveis adquiridos para a mudança e já estou inquieta procurando outro canto para morar.

O nome disso? Inquietude, certamente. O que antes preenchia as expectativas tornou-se um mínimo aceitável para viver. Nós, humanos, estamos sempre querendo mais da vida. Nunca estaremos satisfeitos, isso é fato.

Hoje, apesar da proximidade com a universidade que possuo e do bem-querer ao bairro atual, já cogito novamente o meu bairro-primeiro-amor, o Bomfim. Além da inquietude também é visível a mudança de interesses no último ano: onde moro há dezenas de baladas para todos os públicos, barzinhos à beira de todas as calçadas, muita gente na rua de dia e à noite, é um bairro totalmente boêmio. Adorava isso!
Agora já me encanta pensar em caminhadas pelas ruas arborizadas que desembocam no parque da Redenção, nos cafés aconchegantes, nos armazéns com cara de interior, nas livrarias da Osvaldo Aranha e nas baladas mais próximas, que são o Ocidente e o Beco (underground in, música brasileira out).
São dois amores tão distintos... que contraditória!

Essa é a parte palpável da inquietude da alma. Existe, claro, a parte interior.
A alma que busca preencher outros vazios não contemplados pela vidinha boêmia de até então. É quando um chopp não faz diferença. Quando arrumar o cabelo e subir em um salto não anima tanto. Quando pensar em uma noite a dois não dá água na boca. Tudo isso ainda é muito bom na minha opinião, mas não é suficiente.
Só que eu não sei o que falta para completar. Seria piegas dizer que é um relacionamento. Poderá até ser, mas não é o relacionamento em si: é conhecer uma pessoa que faça tudo ser diferente.
Mas não sei se é isso efetivamente.
Pode ser a doação a alguma causa maior.
Pode ser a entrega a um aprendizado novo.
De certa forma sei que é uma ação que envolva a alma.
Resta descobrir em que dimensão.

*****

Esse texto escrevi há um mês e havia publicado em outro espaço, mas continua válido e resolvi trazê-lo para cá.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Livros não deveriam virar filmes

Desde que "O caçador de pipas" foi adaptado para o cinema fiquei tentada a assistí-lo, uma vez que sou fã confessa do livro. Por outro lado tinha receio de encarar o filme e me decepcionar, pois uma obra tão forte dificilmente seria plenamente contemplada na sua versão visual, e temia que as cenas que mais me comoveram seriam cortadas. Mas apenas ontem peguei o DVD para conferir.

Existem histórias que não nasceram para serem contadas em imagens, e apenas o preto e branco das páginas pode lhe dar a grandiosidade que merecem - o que parece contraditório, guardar uma história rica em maços de papel na estante ao invés de dar-lhe forma, luz e cores - mas nesse caso cairia muito bem a adaptação, se o objetivo da produção fosse o mesmo do autor do livro.

Porém enquanto o livro trata de reparação de erros, de sofrimento e redenção, o filme enfoca apenas na redenção. Melhor dizendo, o fator sofrimento que é acentuado no sobrinho de Amir foi suprimido, e as cenas do livro que explicam toda a perda de esperança do menino não foram incluídas. Com isso, o final do filme ficou não só comprometido e como também leviano. Uma grande falha, na minha opinião, para uma película que tinha tudo para ser um sucesso.

A cena que mais me chamou a atenção em toda a história foi quando o menino Sohrab, após ter tentado o suicídio, suspira fundo e diz a seu tio Amir que está cansado. O tio lhe responde dizendo ser natural a uma criança que passou pela má experiência que ele acabou de passar esteja fraca e debilitada. Mas ele responde que está profundamente cansado é da sua luta pela vida, por sentir não poder confiar em mais ninguém, por estar só, sem seus pais, fora do seu país, sem esperança, sem vontade de viver.
Como no filme nada disso foi exibido, não fez o mínimo sentido o menino terminar o filme empinando uma pipa com seu tio, já nos EUA, triste e calado. Ele então deveria estar contente por ter sido tirado do inferno afegão em que viveu. Enfim, uma cena ignorada pode mudar totalmente o rumo e o sentido de uma história. Seja ela literária, seja ela a nossa história real.

Ainda assim já estou esperando ansiosamente pelo lançamento de "Budapeste" em 22 de maio. Espero dessa vez não me surpreender negativamente!

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Já ouviu falar no "Princípio 90/10"?

Quem me conhece sabe que não gosto de mensagens motivacionais, de auto-ajuda e afins, entretanto esse texto que reproduzo abaixo tem seu valor pela reflexão que provoca.
Boa leitura!

*****

Que princípio é este?
Os 10% da vida estão relacionados com o que se passa com você, os outros 90% da vida estão relacionados com a FORMA COMO VOCÊ REAGE ao que se passa com você.

O que isto quer dizer? Realmente, nós não temos controle sobre 10% do que nos sucede. Não podemos evitar que o carro enguice, que o avião atrase, que o semáforo fique no vermelho. Mas, você é quem determinará os outros 90%.
Como? Com sua reação.

Exemplo: você está tomando o café da manhã com sua família. Sua filha, ao pegar a xícara, deixa o café cair na sua camisa branca de trabalho. Você não tem controle sobre isto. O que acontecerá em seguida será determinado por sua reação. Então, você se irrita. Repreende severamente sua filha e ela começa a chorar.
Você censura sua esposa por ter colocado a xícara muito na beirada da mesa... E tem prosseguimento uma batalha verbal. Contrariado e resmungando, você vai mudar de camisa.
Quando volta, encontra sua filha chorando mais ainda e ela acaba perdendo o ônibus para a escola. Sua esposa vai para o trabalho, também contrariada. Você tem de levar sua filha, de carro, pra escola. Como está atrasado, dirige em alta velocidade e é multado.
Depois de 15 minutos de atraso, uma discussão com o guarda de trânsito e uma multa, vocês chegam à escola, onde sua filha entra, sem se despedir de você. Ao chegar atrasado ao escritório, você percebe que esqueceu de sua maleta.

Seu dia começou mal e parece que ficará pior. Você fica ansioso para o dia acabar e quando chega em casa, sua esposa e filha estão de cara fechada, em silêncio e frias com você. Por quê? Por causa de sua reação ao acontecido no café da manhã.

Pense: por quê seu dia foi péssimo? A) por causa do café? B) por causa de sua filha? C) por causa de sua esposa? D) por causa da multa de trânsito? E) por sua causa?

A resposta correta é a E.

Você não teve controle sobre o que aconteceu com o café, mas o modo como você reagiu naqueles 5 minutos foi o que deixou seu dia ruim. O café cai na sua camisa. Sua filha começa a chorar. Então, você diz a ela, gentilmente: "está bem, querida, você só precisa ter mais cuidado".

Depois de pegar outra camisa e a pasta executiva, você volta, olha pela janela e vê sua filha pegando o ônibus. Dá um sorriso e ela retribui, dando adeus com a mão. Notou a diferença? Duas situações iguais, que terminam muito diferente. Por quê? Porque os outros 90% são determinados por sua reação.

Aqui temos um exemplo de como aplicar o Princípio 90/10. Se alguém diz algo negativo sobre você, não leve a sério, não deixe que os comentários negativos te afetem. Reaja apropriadamente e seu dia não ficará arruinado. Como reagir a alguém que te atrapalha no trânsito? Você fica transtornado? Golpeia o volante? Xinga? Sua pressão sobe? O que acontece se você perder o emprego?

Por quê perder o sono e ficar tão chateado? Isto não funcionará. Use a energia da preocupação para procurar outro trabalho. Seu vôo está atrasado, vai atrapalhar a sua programação do dia. Por quê manifestar frustração com o funcionário do aeroporto? Ele não pode fazer nada. Use seu tempo para estudar, conhecer os outros passageiros. Estressar-se só piora as coisas.

Agora que você já conhece o Princípio 90/10, utilize-o. Você se surpreenderá com os resultados e não se arrependerá de usá-lo. Milhares de pessoas estão sofrendo de um stress que não vale a pena, sofrimentos, problemas e dores de cabeça. Todos devemos conhecer e praticar o Princípio 90/10. Pode mudar a sua vida!

(Stephen Covey)

domingo, 19 de abril de 2009

Papo de analistas de TI #1

Um juiz, um médico, um arquiteto e um analista de sistemas estavam contando vantagem sobre as suas respectivas profissões. O juiz disse:
- Antes de expulsar Adão e Eva do Paraíso, Deus os julgou. Foi o primeiro julgamento da história e portanto, minha profissão é a mais antiga de todas. O analista de sistema tentou contra-argumentar, mas antes que pudesse falar, o médico disse:
- Sim, mas antes disso, lembre-se de que Eva foi criada de uma costela de Adão. Foi a primeira cirurgia da história e, portanto, minha profissão é a mais antiga de todas. O analista de sistemas já ia entrar na briga, mas o arquiteto foi mais rápido:
- Ambos tem razão, mas antes de tudo, da cirurgia e do julgamento, Deus criou o Universo. Foi o primeiro projeto de arquitetura da história e, portanto, minha profissão é a mais antiga de todas. Antes disso só existia o caos…
E o analista de sistemas:
- Arrá!!! E quem foi que criou o caos???

*****

Três amigos se encontram, durante um almoço…
- O que você está fazendo na vida, João (ex-executivo da Pirelli)?
- Bem… eu montei uma recauchutadora de pneus. Não tem aquela estrutura e organização que havia quando eu trabalhava na Pirelli mas vai indo muito bem…
- E você, José (ex-gerente de vendas da Shell)?
- Eu montei um posto de gasolina. Evidentemente também não tenho a estrutura e a organização do tempo que eu trabalhava na Shell, mas estou progredindo…
- E você Orlando (ex-Analista de Sistemas de uma grande empresa )?
- Eu montei um puteiro.
- Um puteiro???
- É, um puteiro! É claro que não é aquela zona toda do escritório, mas já tá dando algum lucrinho…

Via Byte Que Eu Gosto!

sexta-feira, 17 de abril de 2009

quarta-feira, 15 de abril de 2009

O que você faria sem Internet?

Perguntinha retórica, perguntinha piegas, perguntinha necessária.

Fico impressionada com o impacto que ela teve na vida dessa geração! Duvido muito que a maioria dos indivíduos urbanos consiga se imaginar sem acesso à "rede mundial de computadores" hoje em dia. Mesmo que sua atividade profissional não esteja ligada à mídia digital, mesmo que você trabalhe sei lá, em comércio, administrativo, em bancos, o que seria de você sem checar seus e-mails, seu Orkut ao menos no horário de almoço? Sem assistir aos virais do You Tube? Sem ler as quentinhas dos sites de fofocas? Sem as piadas? As notícias em tempo real? Sem ser metralhado por toneladas de informação diariamente?

Bom, eu sem Internet não teria a carreira que tenho hoje. Ponto. Provavelmente teria um salário mais baixo, teria continuado a trabalhar cuidando do dinheiro dos outros e fazendo aquilo que não me realiza. Quer dizer, se não me realizaria, talvez teria buscado outra alternativa, sei lá!
O fato é que apesar de trabalhar com ela e por ela, ainda assim não me sinto tão dependente da vida online quanto vejo por aí.

Me preocupa o volume de informações que recebemos/buscamos todos os dias. Informações das quais não conseguimos absorver quase nada. Como li em um artigo a esse respeito, “a capacidade humana de absorver e processar informações é muito limitada diante da explosão informacional e comunicacional provocada pelas novas tecnologias. Voltar ao passado não iremos, por isso o que devemos fazer é atuar coletivamente, onde cada cidadão some seus conhecimentos ao background de informações e ideias dos outros”, explica o professor Luc Quoniam, da Université Du Sud Toulon (França).

Ele diz ainda que "na atualidade, a humanidade produz 5 exabytes (o equivalente a 1018) de informações por ano, enquanto que o ser humano só tem capacidade de absorver e processar, no máximo, 5 megabytes (106) de informações por ano". Não importa tanto as unidades de medida, é só olhar as proporções numéricas.

O que quero dizer com isso é que estamos expostos demais aos meios de comunicação digitais. No tempo em que só tínhamos jornais, rádio, livros e TV, podíamos controlar o que entrava por nossos ouvidos e olhos. Mas hoje, francamente! Viramos escravos dos feeds, das listas de discussão, das newsletters, das edições diárias online dos próprios meios de comunicação tradicionais.
Assim, hoje quaisquer crimes hediondos viram manchetes sensacionalistas quase que em tempo real. Até parece que nunca nesses séculos todos pais mataram filhos, mulheres foram subjugadas pelos maridos de uma sociedade arcaica (arcaica, viu? não é coisa do terceiro milênio, cacilda!), nunca houve pedofilia, igrejas hipócritas, e sei lá mais quantas coisas contra as quais nos revoltamos hoje. Isso sempre existiu, a gente é que não ficava sabendo!

Por outro lado, também me impressiona o quanto uma situação débil vira sensação por dias. Susan Boyle, who? Ah, sim, aquela senhora que foi no programa de calouros e descobriu-se que canta maravilhosamente. Gente, para que tantos tweets falando dessa mulher? Fotos de mulher-fruta, ex-BB que estava para morrer de câncer (já morreu, eu sei, como não saber?), novidades eletrônicas, dicas de como viver melhor, ganhar mais, sofrer menos, ser mais sexy, situação das bolsas nesse exato momento, o cachorro de Obama... chega!

Escrevendo sobre isso lembrei agora de uma vinheta da MTV que pedia ironicamente para desligar a TV e ler um livro. Eles agora também estão apostando em pocket programas com a mesma ideia de não aprisionar o telespectador. Não vou entrar no mérito de definir isso como demagogia ou não, mas na essência concordo com a MTV.

Desliga esse computador e vai passear pelo seu bairro, vai!

domingo, 12 de abril de 2009

Fala de amor, mas poderia falar de amizade

"Ela não pensou, não acreditou
Foi ciúme sim
E ele se calou, não quis magoar
Seu coração
A vida seguiu, o tempo passou
E era tão normal

E ele prometeu, ela perdoou
Mas nada foi igual

E ela foi embora
Ela não vai voltar

Ele não acreditou no fim
E o amor a amizade foi se apagando assim
Mas ele não chora
E diz: o tempo vai curar
Ela não acreditou no fim
E o amor a amizade foi se apagando assim

Ela não notou que algo se perdeu
No caminho

E ele não ligou, sempre acreditou
Que era eterno
A vida seguiu, o tempo passou
E era tão normal
E ele prometeu, ela perdoou
Mas nada foi igual

E ela foi embora (...)"

[Disco Rock - Papas da Língua]

Obs.: esse último álbum da banda está muito bom. Há músicas pra chorar até morrer afogado - como diria o Lelinho - e há músicas para embalar a alma. Recomendo!

sábado, 11 de abril de 2009

Psicologia de boteco

Voltando um pouco aos relatos mais palpáveis do dia-a-dia, vale contar o que foi a noite de quinta-feira santa dessa viajada + a participante honorária desse blog, dona Rê Vidal + alguns amigos. Que aliás, de santa não teve nada, pois como dissemos à aniversariante do dia, iríamos terminar a noite numa casa de macumba (insira aqui o emoticon (6) do MSN).

O destino certo da noite geladinha de outono foi o boteco Dona Neusa, QG da viajada que vos escreve. Já perdi a conta do número de amigos para os quais apresentei o bar, incluindo os colegas de trabalho paulistas e a amiga sapucaiense de fé!

Lá pelas tantas estávamos na mesa de bar a aniversariante Rita - minha amiga gente finíssima, um casal de colegas de trabalho que me proporcionou uma prévia de relacionamento do tipo que eu não quero ter (odeio cenas de ciúme, comportamento ciumento, demarcação de território e afins), a multi-instrumentista Dani e um colega que provocou um certo pavor em mim e na Rê ao lhe indagarmos porque diachos estava bebendo cerveja sem álcool ("é só porque tu tá dirigindo?") e ouvir que se ele misturasse álcool aos medicamentos que vem tomando, poderia desencadear uma vontade de matar! Rê e eu nos entreolhamos e pensamos se deveríamos cancelar a polenta frita e pedir a conta...

Questão 1: por que uma pessoa vai para um boteco a fim de i) falar sobres seus medicamentos tarja preta e ii) ficar insistentemente regulando o que eu pedia pra comer? Tipicamente coisa de quem não sabe se comportar em um ambiente descontraído, não consegue se desligar das questões sóbrias da vida, não ri de si mesmo e torna tudo à sua volta muito chato. Distância, mantenha distância por favor!

Questão 2: o que passa pela cabeça de uma guria que possui (ai, possuir, verbo feio) um namorado visivelmente fiel e apaixonado, para que fique demonstrando em alto e bom som a cada 5 minutos que "é dela", "se ela desconfiar, roda a baiana mermo", "que se comporte bem", entre outras bobagens que doem no meu ouvido? A meu ver não é sequer insegurança, é falta de educação mesmo. Com ele e conosco.

Bem, depois de essas pessoas terem ido embora, ficamos à mesa quatro meninas bem resolvidas e, sim, capazes de rir das aventuras e desgraças da vidinha porto-alegrense que temos. Isso quando me liga um amigo parceiríssimo avisando que estaria chegando por ali e que queria curtir a noite ainda na própria quinta.

Enquanto eu pensava ao telefone se o corpo cansado aguentaria uma baladinha, já fui pilhando as gurias e no final - depois de um banho coletivo - fomos todos parar no Preto Zé.

Apesar dos meus protestos contra o número de músicas para as Carolinas que sempre toca lá (acho que todos os meus amigos já enfrentaram meus protestos ao menos uma vez na vida), o lugar estava cheio na medida, o som estava bom, a cerveja continuava gelada e o Diego continua tentando aprender a dançar samba-rock comigo! :o)

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Comendo mal, dormindo pouco

Sinais de stress, sinais dos tempos!

Relembrando "o que comi ontem", vejo que nas últimas semanas a quantidade de comidas engordantes do cyber, mais os salgadinhos comidos em casa, mais as barrinhas de chocolate na faculdade, mais as pizzas do congelador, mais os cafés-da-manhã corridos e as cervejas dos horários livres acabaram com meu propósito de manter uma alimentação correta. Coisa que tinha tomado por hábito ainda nos tempos em que morava com meus pais.

Aí vem a reflexão: o que é que pode fazer com que percamos nossas metas assim tão facilmente?

No meu caso foram os horários desregulados pelo excesso de horas-extras no trabalho, aliados à própria atribulação de fazer o possível e o impossível para garantir a entrega do projeto. Vindo isso atravessado no começo do semestre acadêmico, o sonho de ter um 2009 feliz e tranquilo foi por água abaixo já no terceiro mês do ano!

É da natureza humana descontar o stress no que pode trazer algum prazer. Então as comidinhas saborosas e a cervejinha relaxante são uma forma prática e rápida de se ter prazer. Claro que existem outras formas, e cada um vai em busca do que pode lhe proporcionar mais prazer, mas no meu caso percebi que havia uma necessidade de ter mais "sabor" no dia-a-dia.
Minha mãe chamaria isso de carência de sal no organismo, hehe, mas eu sempre procuro enxergar mais além, e sempre de uma forma subjetiva.

Poderá ser pelo simples gosto da transgressão; da quebra das regras. É muito comum eu "quebrar todas as regras" quando me sinto oprimida. Impulsiva e imediatista, eu sei, eu sei. Fato é que acabo sempre pagando o preço por isso. Na balança, nas relações, no tempo perdido, enfim.

Por outro lado, penso que se estou estressada com essa falta de tempo livre, quanto menos satisfeita estaria se estivesse vivendo em uma calmaria. Ou sou do tipo de pessoa que nasceu para a atribulação, ou fui moldada pelo ritmo de vida alucinado. De qualquer forma, quando brinco que vou deixar a carreira para montar um quiosque em alguma praia catarinense, vejo que é apenas uma válvula de escape - ou uma catarse, como diz um amigo meu - porque voltaria correndo em no máximo 3 meses procurando uma empresa de tecnologia com projetos bem caóticos para trabalhar!

domingo, 5 de abril de 2009

Projetos, prazos... e chefes


Isso, apesar de ser bem comum em empresas de tecnologia, fatalmente me recorda alguns chefes que já tive. Sorte que hoje em dia isso mudou, ao menos em alguns aspectos.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Verdades pré-fabricadas e a vida como ela é

Em resumo: não planeje, não acredite em fórmulas prontas, nem seja ingênuo. A vida é bem mais durona do que imaginamos, e isso efetivamente não é ruim.
É na hora da "marolinha" que a gente cresce e se conhece!

Como é fácil amar, né?

Costumo observar o comportamento humano em suas mais diversas dimensões. Essa é a razão para eu assistir, por exemplo, ao Big Brother - e não gosto do costume de muitas pessoas em rechaçar alguma coisa como que ecoando a opinião de uma tribo. Tipo essa questão de BBB. Poxa, é apenas mais um programa na TV (e há outros tantos tão menos edificantes exibidos), portanto não compreendo porque o mundo se divide em pessoas que curtem e pessoas que odeiam esse negócio.

Mas não é do tal programa que quero falar, ao menos dessa vez.

O fato é que observo as relações humanas de modo geral, e principalmente das pessoas mais próximas a mim. E acho meio estranho, até mesmo engraçado, ver a facilidade com que as pessoas ontem solteiras hoje já "amam" seus pares. Cara, impossível isso!
Em tempo: acredito em amor, em relacionamentos que valham a pena, ainda acho que sou uma romântica inveterada, mas gostar de alguém, gostar de verdade, leva tempo. Não será um fim-de-semana na serra que vai determinar isso, nem o fato de ele ter te pedido em namoro formalmente (sim, isso ainda existe, eu vi!).

A meu ver isso tem vários nomes: carência afetiva, precipitação, necessidade de sentir-se aceito, exibicionismo - que graças a essa [maldita] inclusão digital virou comum, mas o nome principal é banalização. As relações estão banalizadas e as pessoas não separam mais as fases de uma relação. Pode ser porque antigamente entre ser apresentado para uma "paquera" e ir pra cama com essa pessoa havia um laaaaaargo caminho, e hoje frequentemente isso tudo acontece em um mesmo dia. Então o que sobra para o day-after? Já amar, assim, de cara? Tá aí uma resposta que sinceramente não tenho...

Apenas gostaria de voltar um pouco no tempo, e viver essa época em que a profundidade das relações era outra. Em que não era importante tu ser o benhê (sic) de alguém, mas ter a certeza de que tu está com uma pessoa que goste de ti profundamente. Naturalmente. Amigavelmente. Levemente. Apaixonadamente. Tudo junto, bem dosado, sem cobranças nem hesitação. E gostaria de ver os indivíduos à minha volta vivendo essa vibe também. O mundo seria bem melhor e mais leve, pode apostar!