sexta-feira, 31 de julho de 2009

Electrorock brasileiro até que dá certo

Descobri a música abaixo há poucos dias via Last.fm e me surpreendi positivamente. Pegadinha dançante com ares de britpop, mas com uma banda que não canta em inglês like CSS. Aliás, eu gosto só do primeiro álbum da Cansei de Ser Sexy, que era muito mais criativo do que o trabalho atual deles.

Em todo caso a Sabonetes faz um som até bem diversificado. Eu destaco "Descontrolada" porque gostei justamente da melodia chicletinha.



Descontrolada

Faz um tempo já faz
três horas ou mais
o tempo parou.

Traz pra perto o seu par
fingindo gostar
pra me provocar

Saiu à noite pra se divertir
sem se importar com o que estava por vir.
Saiu de casa pra se entreter
porque já não há mais nada a perder.

Dançando até se descontrolar
A noite acaba de começar
Garotas em busca de diversão

Não param não param.

Faz três horas ou mais
pra mim tanto faz
se a Terra parou.

Vai esquece do chão
enquanto houver som
pra te levantar

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Faz de conta que você decidiu ser feliz

Faz de conta: você acordou, ligou para o salão e marcou um horário. Na hora do almoço, foi lá e pediu: Corta bem curto. O cabeleireiro não acreditou no que ouvia. Afinal, seus quase cinquenta centímetros de cabelo sempre foram, na sua cabeça (literalmente), uma espécie de atestado da sua feminilidade. Mas agora eles teriam de ser curtos. Para que suas ideias ficassem longas. Ele colocou a mão um pouco abaixo do seu ombro: Mais ou menos aqui? Você segurou a mão dele, levou-a na altura da sua orelha, e disse: Tosa.

Depois você passou naquela loja onde tem uns vestidos moderninhos e coloridos. Você entrou e pediu aquele cor de laranja com borboletas, muito mais curto do que os que você costuma usar. Aproveitou e pediu a sapatilha da vitrine. Arrancou o seu terninho bege, sua camisa branca e seu escarpim marrom. Deixou tudo por lá mesmo, no provador. E quando a vendedora perguntou o que fazer com aquilo, você disse: Queima.

Quando você retornou ao trabalho, uma hora depois do horário de costume, com aquele vestidinho e com os cabelos daquele jeito, a roda em torno de você foi se formando. Uns, animadíssimos. Outros, nem tanto. Alguns reprovaram. Como as coisas já não andavam muito bem por ali, sua chefe lhe chamou no final do dia para conversar, e avisou que as coisas não poderiam continuar daquele jeito, ou ela teria que substituir você. E você disse: Substitui.

Saindo de lá deu vontade de jantar naquele bistrô aonde você acha que só deveria ir no dia do seu aniversário ou outra data importante. Você mal encostou seu carro e já veio o dono da rua, dizendo que eram dez pratas para parar ali. E, como você não deu bola, o homem começou aquela conversinha surrada dizendo, na entrelinha da entrelinha, que um eventual não-pagamento antecipado incorreria em riscos indesejáveis na pintura do seu bólido. Você pegou o celular, digitou três números, mostrou o visor para o homem e, já com o dedo na tecla “ligar”, disse: Risca.

Faz de conta que você chegou em casa e sua filha de dezessete anos estava na sala com o namorado. Você teve que contar de novo a história daquele vestido e daquele cabelo e, como chovia, sua filha sondou se o rapaz poderia dormir ali. E, enquanto jogava no lixo aquela agendinha que você só usava no trabalho, você disse: Pode.

Quando se deitou para dormir, aquele anjo que costuma vir conversar com você antes do sono se empoleirou na cabeceira da sua cama. Elogiou o cabelo, o vestido, a decisão no trabalho, o presente de não-aniversário, o chega-pra-lá no dono da rua, a atitude com a filha. Só por curiosidade, perguntou que bicho havia mordido você. E você, se ajeitando no travesseiro e já desligando o abajur, disse: Nenhum.

No dia seguinte, vendo que eram dez da manhã e você ainda não havia se levantado, sua filha entrou no quarto, vocês conversaram e no final ela perguntou como é que vocês viveriam dali para frente. Com certa ironia, ela arriscou dizer que com as bolsas e os badulaques que você produzia e vendia nos finais de semana é que não seria. E você disse: Sim.

À tarde, você procurou o dono daquele galpão que você havia visto para alugar, perfeito para uma oficina, e fez uma oferta. O homem coçou a cabeça, pediu um pouquinho mais, e você disse: Fechado.

À noitinha, você foi até a casa dos seus avós, assim, de surpresa. E, de surpresa, você os beijou. E quando eles perguntaram o que era aquilo, você disse: Amor.

Faz de conta que foi assim. Faz de conta que foi desse jeito que você virou a mesa. Que resolveu não perder mais tempo, fazer o que gosta e ser do jeito que você, só você, acha que fica mais bonita.

Faz de conta que você morreu. E que alguém lhe deu a oportunidade de voltar para um terceiro tempo.
Então. Agora vai lá e faz tudo de verdade.

*****

Texto atribuído a Silmara Franco, mas especialmente enviado para mim pela minha amiga Lôra Raquel. Fiquei faceira e imediatamente publiquei essa participação especial aqui, afinal, promover algumas quebras de paradigmas pessoais são fundamentais para recomeçarmos todos os pontos da vida em que nos sentimos amarrados, estagnados ou até mesmo infelizes.

domingo, 26 de julho de 2009

Como aquecer uma noite de inverno

E tenho dito!

Ah! Essa e outras você encontra no Shamrock, o autêntico pub irlandês da cidade. Tão autêntico que o dono é nativo e me divirto muito quando ele tenta falar português e eu inglês na hora de pagar a conta.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Para que o inverno é bom?

Para tomar um cappuccino encorpado no Café Cantante, no Bomfim.
Para assistir a todos os filmes que você deixou escapar no cinema, e para satisfazer a veia cult que adora filmes europeus. Isso, aqueles que saem direto em DVD.
Para comer lasanha da mãe!
Para sair de casa para trabalhar enrolada em casacões estofados e ter a sensação que levou o seu edredom junto ao sair da cama.
Para reunir amigos em casa. Inverno aproxima as pessoas.
Para deixar as pessoas mais elegantes. Quem consegue estar bem vestido em um calor sudorento de 35º?
Para ir a baladas menos lotadas, já que o frio espanta muitos frequentadores de filas na calçada.
Para subir a serra e experimentar os chocolates de Gramado.
Para tomar longos banhos quentes (e desperdiçar água e energia, eu sei).
Para ir à Redenção com uma térmica gigantesca de água quente e tomar chimarrão a tarde toda no solzinho.
Para beber vinho.
Para, junto com um céu azul limpinho, completar os motivos para uma sexta-feira bem bonita.

Para que ele não é bom?
Para... hum...
Na boa? Não tem desvantagens!

Felizes somos nós, gaúchos, que temos climas bem distintos ao longo do ano. Deve ser tão monótono morar no nordeste onde a temperatura não baixa o ano inteiro...!

quinta-feira, 23 de julho de 2009

O porco expiatório da sociedade

A mídia brasileira de fato conseguiu deixar a população em polvorosa nos últimos meses com a "pandemia" da gripe do porco. As pessoas estão cruzando a fronteira para comprar medicamentos preventivos no Uruguai, sem receita, correndo o risco de comprarem produtos de origem duvidosa. Famílias gastam quase mil reais ao adquirir caixas de medicamentos para toda a sua família, o que fez com que as autoridades uruguaias tomassem medidas mais severas corretas no fornecimento das doses, como diz a ZH.

Por que estou falando sobre isso?

Apenas para perguntar por que não divulgam juntamente com cada morte causada pela gripe, o número de pessoas que continuam morrendo nas mãos dos bandidos e no trânsito?


Será que a gripe ainda parece tão grave?

sábado, 18 de julho de 2009

Quem não cola não sai da escola

Mas quem cola sai, e muitas vezes não deveria ter saído!

No último domingo, depois de o quarteto clássico - Dani, Rê, Rita e eu - ter assistido à Terça Insana, bateu uma fominha que foi devidamente assassinada no Habib's. Sim, o bom e velho exemplo de mau atendimento da Mostardeiro.
Durante o jantar surgiu a pauta de o quanto colamos na escola/faculdade para nos livrarmos de disciplinas intragáveis, no que a Rita para variar assumiu que nunca compartilhou dessa prática criminosa (sinal de que ainda precisamos trabalhar muito essa menina em nosso curso de boemia e malandragem). As demais assumem que, vez ou outra, já passaram ou receberam uma colinha salvadora, e estamos todas aqui vivas e com canudo. Ok, o canudo da graduação eu ainda não tenho, mas isso não é o foco da discussão.

Entretanto o que quero ressaltar com esse tema é que tem muita gente que, colando ou não, não deveria ter saído da escola ainda. Não consigo entender como pessoas que passaram pelo menos pelo ensino médio são incapazes de se comunicar com o mínimo de bom senso e propriedade gramatical. Os professores Pasquales desse Brasil devem ter princípios de infarto quando leem as barbaridades que lemos Internet afora - e nem desejo entrar no mérito do internetês que insiste em ferir nossos olhos. O problema é o português mesmo!

Simplismente: se você sabe que a palavra é simples, por que raios você troca o e pelo i? Como é que uma pessoa consegue se confundir?

Poblema: essa foi uma agulhada em meus ouvidos na universidade. E veja bem, se o jovem chegou até a universidade teve de formular uma redação de qualidade razoável onde provavelmente superou os seus problemas.

Mendingo: du-vi-do que alguém pronuncie essa palavra do jeito que foi escrita. Fale aí! Que som saiu? Mendigo? Boa! Então por favor escreva corretamente e não colabore para a indigência da língua portuguesa.

Mais: há poucos dias li um artigo em um blog com boa reputação onde a autora articulava seu texto com milhões de mais. Sim, o sentido em todos eles era contradição. Sim, ela queria dizer mas.

Gerúndio generalizado: bom, isso já foi criticado às pampas por aí. Só reforço que essa abominação importada da língua inglesa é uma... abominação.

Durmir: é dormir. Dor-mir. Você dorme, mas eu durmo. Nós dormimos e eles dormem. Só eu durmo, entendeu?

Chuver: idem. A chuva chove. Se você quer lamentar por aí que caiu muita água nos últimos dias, então diga que não parou de chover.

Mecher: pare de mexer nas regras de ortografia por favor. Obrigada.
Aliás, obrigado se flexiona com o gênero do sujeito, tá? Se você é - ou acredita ser - mulher, diga obrigada.

Mau/mal: antes de escrever, por favor faça a relação. Se o que você está querendo expressar é o contrário de bom, então é mau; da mesma forma, se é o contrário de bem, é mal. Não tem erro! Você não está mau arrumada para a festa, você está mal arrumada. E ter ido mal arrumada te deixou de mau humor, e não de mal humor. Facinho!

A lista poderia ser bem maior do que esta, pois atrocidades não faltam. Concordância verbal e nominal são de doer também.
Mas e você? Se irrita com esse tipo de erro também? Ou sou eu a única surtada perfeccionista?

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Homens provam que "não existe almoço grátis"

Se é ambicioso e adora viajar, estraga toda conversa tentando quantificar ou mensurar o mundo ao seu redor.
Se é sensível, educado, tem senso estético e inteligência emocional, não gosta de estudar e tem um emprego medíocre.
Se gosta das mesmas coisas, fala vários idiomas e curte tecnologia, não demora em deixar escapar ser um crianção.
Se te satisfaz nas coisas simples, topa uma cervejinha esperta depois da aula, te dá presentinhos de surpresa e te incentiva a escolher a carreira certa, terá uma recente ex-mulher no encalço.
Se é livre-e-desimpedido, tem coração puro e alma sonhadora, se fechará no próprio casulo.
Se tem olhos verdes e pele morena, faz sexo maravilhosamente e encantadores hábitos simples, é casado.
Se é parceiro de balada, politizado, adora crianças e roqueiro clássico, não quer se envolver.
Se tem malandragem, é culto, bonitão, super simpático e dono de um charme enorme, mora longe.
Se te compreende, ri das bobagens ditas, cuida do próprio corpo e curte música eletrônica, é gay.
Se é bem sucedido, gato, bem educado, elegante e tem uma carreira promissora, tem namorada.
Se toca em uma banda, escreve poesia, tem aquele cabelo desalinhado e usa All Star, já tem uma musa platônica.
Se é solteiro, tem uma situação financeira estável e possui bom gosto culinário, é bipolar.
Se gosta de ti, se esforça em construir a carreira dos sonhos, é gentil e dedicado, não te atrai.
E tu manda embora.
E fica pensando por que não existe um homem sequer nessa vida que não possua um "porém".

*****

A título de informação, a frase citada no título pertence a Milton Friedman, famoso economista.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Pit stop

Estou de férias.
Assim, bem simples, sem viagens inesquecíveis nem sumiços da web. Apenas um pit stop super necessário para eu não pirar com a rotação do dia-a-dia.

Nos últimos tempos foram tantas atividades em diversas frentes, que quando me dei conta não conseguia mais conciliar mentalmente o conjunto delas, o que me fazia agir como que no piloto automático. Já se sentiu assim? Acordar, tomar café em casa rapidinho, se arrumar (muitas vezes pegar a primeira roupa que encontra no armário), sair correndo para o trabalho, trabalhar-trabalhar-trabalhar, almoçar, trabalhar-trabalhar-trabalhar, sair correndo (again) para a faculdade, chegar atrasada na aula, perder o fio da meada, passar na biblioteca e sair com uma pilha imensa de livros que não serão lidos a contento, escrever mil artigos acadêmicos, cuidar das roupas, da louça, do apartamento, fazer malabarismos com as faturas e o saldo bancário, fazer supermercado (OMG! acabou o pão outra vez!), ir a eventos culturais/etílicos com amigos, almoçar no domingo com a família, estudar-estudar, dormir um pouquinho para... acordar, tomar café... Argh, pára tudo!

Então agora, depois de passar o dia entre dormir e cuidar de mim, me vi organizando papeis que ficavam empilhados mês a mês. Vai dizer, quando tu chega ao ponto de colocar papelada no lugar é porque o ócio impera, não é mesmo? E eu me senti feliz ao fazer isso. Sinal que realmente consegui parar de ter obrigações - ao menos por alguns dias.

As preocupações dos próximos 09 dias serão organizar as finanças e descobrir eventos culturais para espiar cidade afora. Por isso mesmo denominei o período de "férias urbanas", o que poderá ser uma boa ideia anyway. Sugestões serão bem-vindas, e parcerias mais ainda.
E agora vou acabar de assistir ao Shrek na TV, que qualquer filme repetido é melhor do que ficar na rede mundial que, sinceramente, sempre me cheira a trabalho.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Fazemos qualquer negócio!


Seja agência - onde já trabalhei - seja empresa de tecnologia, quem nunca passou por um momento assim? Especialmente por esse horário de "final de expediente". Um dia definitivamente largo essa vida e monto meu quiosque em uma praia catarinense.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Portos seguros não são para sempre

Nessa vida só estamos preparados para - ou melhor dizendo, só aceitamos - mudanças que sejam provocadas por nós. Esse tipo de mudança temos gosto de encarar; são desafios, poderemos provar que somos capazes, que vamos mais longe, et cetera e tal. Mas basta algo mudar sem nos pedir permissão para tremermos na própria base.

Assim estou me sentindo atualmente em função de mudanças que se anunciam na família, somadas às lembranças dos portos seguros que não existem mais. Ao menos para mim, isso tem provocado uma sensação muito ruim. Péssima!

Apesar de ter saído da casa dos meus pais, é impensável não existir a casa verde e rosa de Canoas onde vivi desde quando me descobri gente, com seu quintal amplo, com o jardim da frente cheio das flores que minha avó sempre cultivou, com os vizinhos barulhentos da casa ao lado e com a própria casa azul e branca dos meus avós, que é a primeira do terreno. Entretanto eles cogitam fortemente se mudar para a casa de praia a fim de finalmente serem felizes. Explico: a convivência com a minha avó é extremamente difícil, pois a relação sogra-nora é a mais típica possível. Traduzindo, elas se odeiam! Meu pai e eu sabemos que de fato minha avó é "do mal" e tem culpa no cartório, mas o filho não pode ir contra a própria mãe de maneira tão direta, então... eles querem ir embora.

E apesar de já não morar com eles, a opção de sair foi minha e amigável (mudança provocada por mim), logo está tudo bem em ir praticamente todo fim-de-semana para a tradicional casa verde e rosa. Mas... e quando essa casa não existir mais? Poxa vida, são 25 anos de vida lá! Nesse caso o problema não é passar a pegar um ônibus na rodoviária até o litoral (mesmo que com menos frequência), o problema é que lá não é o meu porto seguro da infância. É como se essa nova realidade roubasse um pedaço de vida do qual não quero me desfazer.

Para completar o quadro de desmoronamento do lugar onde vivi por muitos anos, os vizinhos do outro lado, que moravam ali desde antes de nos instalarmos na casa verde e rosa, decidiram vender o seu enorme terreno para dar lugar a mais um condomínio horizontal super moderno na região. Em questão de duas semanas a mãe e os três filhos casados foram embora e as casas foram literalmente demolidas com tratores. Ao visitar meus pais nesse domingo olhei para o lado e tudo o que vi foi uma montanha de entulhos, no que pensei, suspirando: "ainda lembro de quando era piá e jogava bola com os meninos nesse pátio enorme". Ah sim! E os vizinhos barulhentos do lado oposto já não são mais os mesmos também. O pai de família está viciadíssimo em crack e suspeitamos que já apresentou a pedra à esposa, dado o estado físico/psíquico de ambos. Desolador, desolador.

Esse cenário todo já me deixou bem triste. Porém junte-se a isso o fato de que no final de junho foi "aniversário de óbito" do meu avô que morava na casa da frente. E que foi o avô mais perfeito que qualquer neto poderia ter (e que não merecia ter a esposa que foi minha avó para ele). Para vocês terem uma ideia do grau de malvadeza dela, quando íamos meu avô e eu ao Zaffari todo sábado de manhã ele sempre me dava algum chocolate ou coisa do tipo. Única neta, sabe como é, sempre acaba ganhando mimos. Pois quando chegávamos em casa minha avó me obrigava a dividir com ela o pacote de chocolate, e ainda fazia cena de ciúmes com ele. Pode isso? Uma pessoa capaz desse tipo de birra é capaz de coisas muito piores e mais sérias, que não vêm ao caso. Resultado: não falo mais com ela há uns dois anos pelo menos.
Mas enfim: ele também era de certa forma um porto seguro. Meu amigo da primeira infância. Foi ele quem me ensinou a ler e a fazer contas com três anos, quando eu, bem faceira, colocava uma mochila nas costas e dizia para minha mãe que "ia pra icola do vô". Doces tardes passei com ele, e tão cedo se foi. Eu tinha 12 anos quando ele finalmente perdeu a guerra para o câncer.

Bem... Eu não contei nem metade dos motivos pelos quais tenho me sentido à deriva ultimamente, porque senão esse texto tenderia a um capítulo de livro e não é o objetivo. Sinceramente, eu apenas gostaria de saber reagir melhor a tudo o que não posso conter em minhas mãos. E é muita coisa escorrendo por entre os dedos.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Eu nunca confiei em biscoitos da sorte

Tenho acessado muito pouco o Orkut de uns tempos para cá, mas agora ao abrí-lo me deparei com a sorte do dia:

"Today's fortune: Get happiness out of your work or you may never know what happiness is"

Adivinha de onde eu estou escrevendo a essa hora... ¬¬