quinta-feira, 2 de abril de 2009

Como é fácil amar, né?

Costumo observar o comportamento humano em suas mais diversas dimensões. Essa é a razão para eu assistir, por exemplo, ao Big Brother - e não gosto do costume de muitas pessoas em rechaçar alguma coisa como que ecoando a opinião de uma tribo. Tipo essa questão de BBB. Poxa, é apenas mais um programa na TV (e há outros tantos tão menos edificantes exibidos), portanto não compreendo porque o mundo se divide em pessoas que curtem e pessoas que odeiam esse negócio.

Mas não é do tal programa que quero falar, ao menos dessa vez.

O fato é que observo as relações humanas de modo geral, e principalmente das pessoas mais próximas a mim. E acho meio estranho, até mesmo engraçado, ver a facilidade com que as pessoas ontem solteiras hoje já "amam" seus pares. Cara, impossível isso!
Em tempo: acredito em amor, em relacionamentos que valham a pena, ainda acho que sou uma romântica inveterada, mas gostar de alguém, gostar de verdade, leva tempo. Não será um fim-de-semana na serra que vai determinar isso, nem o fato de ele ter te pedido em namoro formalmente (sim, isso ainda existe, eu vi!).

A meu ver isso tem vários nomes: carência afetiva, precipitação, necessidade de sentir-se aceito, exibicionismo - que graças a essa [maldita] inclusão digital virou comum, mas o nome principal é banalização. As relações estão banalizadas e as pessoas não separam mais as fases de uma relação. Pode ser porque antigamente entre ser apresentado para uma "paquera" e ir pra cama com essa pessoa havia um laaaaaargo caminho, e hoje frequentemente isso tudo acontece em um mesmo dia. Então o que sobra para o day-after? Já amar, assim, de cara? Tá aí uma resposta que sinceramente não tenho...

Apenas gostaria de voltar um pouco no tempo, e viver essa época em que a profundidade das relações era outra. Em que não era importante tu ser o benhê (sic) de alguém, mas ter a certeza de que tu está com uma pessoa que goste de ti profundamente. Naturalmente. Amigavelmente. Levemente. Apaixonadamente. Tudo junto, bem dosado, sem cobranças nem hesitação. E gostaria de ver os indivíduos à minha volta vivendo essa vibe também. O mundo seria bem melhor e mais leve, pode apostar!

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