quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

E a síndrome das histórias inacabadas

Não, esse post não tem por objetivo falar de relacionamentos. Geralmente quando lemos uma frase como a do título desse texto já a associamos a histórias de amor mal escritas, mas não é disso que estou falando.

Tenho um péssimo hábito de não levar a cabo as empreitadas em que me lanço. É o diploma do curso técnico que não busquei; são os livros que deixei pela metade na estante, no criado-mudo, na biblioteca da universidade; é a certificação profissional cujo treinamento preparatório ficou pela metade; é a faculdade onde já abandonei uma porção de cadeiras por motivos fúteis; são as amizades que ficaram perdidas ao longo dos anos por falta de cuidado; é a academia de ginástica abandonada no auge do insuportável verão gaúcho.

Isso pode ser encarado como sintoma de uma ansiedade exagerada de querer ver o resultado antes da hora. Quando vejo que não será tão simples e que demandará mais tempo para se chegar "lá", desanimo totalmente e passo a acreditar - erroneamente - que não vale a pena esse esforço todo. Não agora. Posso tentar novamente daqui a algum tempo.

E assim o tempo, regulador de nossas vidas, vai passando implacavelmente mês a mês, ano a ano, inverno e verão se alternando enquanto eu fico em duas situações: ou paralisada sem saber por onde [re]começar, ou de fato recomeçando do ponto em que parei (e muitas vezes tendo que voltar ao ponto de partida, porque o esforço parcial se tornou obsoleto).
Desde o ano passado tenho procurado mudar de estratégia e tenho tomado atitudes sem pensar muito nas consequências. Ou seja, se me passou pela cabeça o insight, decido seguí-lo de uma vez e não deixo mais espaço para a reflexão, pois percebi ao longo do tempo que ela é justamente a vilã da história. É como o diabinho da consciência de nossas fábulas.

Espero nesse ano continuar melhorando nesse aspecto, me jogando de cabeça nas atividades, dormindo pouco, estudando muito, procurando mais os amigos, trabalhando com prazer e ocupando a mente com coisas práticas, exatas e automatizadas.
Assim, se mente vazia é a oficina do diabo, ao menos assim garantirei meu passaporte para o Céu.

Um comentário:

  1. meu problema é quando a empolgação passa... no início é tudo excitação, vontade de fazer... com o tempo a graça vaipassando e eu vou largando de mão... hehehehe
    vou me esforçar tbm...
    bjinhos.

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