sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Coisas que mudam no período de um ano

Hoje é sexta-feira de carnaval.
Apesar de eu trabalhar em uma empresa de mídia digital que já está cobrindo a folia carnavalesca nas principais cidades do Brasil, transmitindo circuitos de Salvador, desfiles cariocas e paulistas e tal tal tal, não consigo me sentir no clima "esquindô esquindô" que toma conta de quase todo mundo em fevereiro. Pode ser porque os últimos dias têm sido de muito trabalho, ou porque tive questões mais sérias para resolver nesse mês, mas o fato é que ficar na cidade no feriadão soa como a melhor das alternativas.

E isso me fez pensar o quanto mudamos de um ano para o outro. No carnaval do ano passado botei pilha em duas amigas para irmos para o Rio praticamente em cima da hora. Isso resultou em um apart superfaturado e uma viagem no sábado de carnaval que tomou praticamente metade do dia - sendo que o tempo total da volta foi 4 horas de dentro do apart em Copacabana para dentro da minha ex-casa em Canoas.
Já esse ano não quero nem ouvir marchinhas típicas (ano passado fomos até no tradicional baile de gala do Scala). Tanto que a única noite que estou combinando com amigos é uma festinha rock underground no Beco. Manifesto contra o grito de carnaval? Não... apenas acredito que não vale a pena entrar num clima que não me deixa mais à vontade. E acredito também que a alegria carnavalesca é tão artificial, tão fabricada pela mídia, que se perder em 4 dias na folia não passa de uma fuga.

E sou contra fugir de qualquer coisa.

Em muitos outros aspectos percebo a mudança que um ano fez em minha vida. Aprendi a ser mais responsável comigo mesma, com meu dinheiro, com as pessoas à minha volta.
Deixei de lado uma certa inocência que ainda tinha. Inocência não é a palavra: deixei de cultivar na verdade a bondade que já foi minha mais visível característica. Não que hoje seja uma pessoa má e egoísta, entretanto descobri que é essencial mensurar o quanto se doar por alguém poderá ferir a minha auto-estima, e que se isso ocorrer, dificilmente a pessoa por quem me doei perceberá. E mais dificilmente ainda ela, percebendo, fará algo para me reconstruir.
Foi um aprendizado doloroso, e como qualquer ferida que, cicatrizando, torna a área atingida mais áspera e endurecida, foi assim que "venci" essa etapa. Mais endurecida. Menos sentimental. Um pouco menos crente na reciprocidade humana.
Sob esse aspecto uma das metas para esse ano é reconquistar um pouco da pureza de espírito.

As pessoas que fazem parte da vida da gente também mudam em um ano. Por exemplo, uma das amigas com quem viajei no carnaval passado não está mais próxima de mim. Porém, como não é a primeira vez que isso ocorre e o motivo é recorrente, não há o que se possa fazer.

Bom, o negócio é curtir um feriadão muito rock'n roll, como diz o Leo, e não entrar na vibe de que depois do carnaval é que o ano vai começar de verdade.
Tolice de quem pensa assim e perde 2 preciosos meses da vida!
O ano começou com tudo logo após o reveillon e já tenho muita história pra contar!

Post escrito ao som de psytrance, que me ajuda a concentrar no trabalho.

Um comentário:

  1. O mundo adormece na cama do céu
    Enquanto permaneço acordado no teu roseiral…
    Vigilante no teu galante corpo, rosa sem véu
    Batem janelas inquietas, pétalas em temporal

    Neste momento,
    Desejo
    Um bom fim-de-semana
    Materializado em harmonia
    Com muita alegria…
    Um excelente CARNAVAL
    Com muito divertimento
    Desmascarando amor
    Com paz,
    Cheio de muita folia…

    O eterno abraço…

    -MANZAS-

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