domingo, 25 de outubro de 2009

É difícil, hein, Sr. Walmart?

Ir ao supermercado no domingo à noite na última meia hora do seu expediente pode ser bastante estressante, quando o estabelecimento em questão for o Nacional da República, na Cidade Baixa. Acho-o super conveniente, já que tem quase tudo o que procuro e fica quase na frente do prédio onde moro, mas...

Ao entrar pela porta diligentemente vigiada por um segurança de um metro e meio, fui informada de que naquele momento os caixas estavam aceitando somente dinheiro uma vez que todos os sistemas de crédito e débito estão fora do ar, blablablá... respondi ao mocinho que "tudo bem, está tudo bem" e segui em direção ao caixa eletrônico para sacar. É, se formou uma fila no terminal dois minutos antes, porém "tudo bem, está tudo bem", eu já estava dentro do super mesmo, de qualquer modo teria tempo de fazer as comprinhas. Nisso olhei para as caixas atarantadas e uma fila enorme em cada posto, já que a maioria das pessoas não carrega dinheiro consigo. Mas como até eu encher o carrinho esse povo já teria sido atendido, beleza.

Dinheirinho na carteira, peguei o carrinho e fui à seção de hortifruti-et-cetera, a primeira ao se entrar. Ué... onde estão todos os tomatinhos e todas as batatinhas que eu pretendia comprar? Prateleiras vazias me olhavam com uma expressão tão melancólica, como uma mãe cujo filho foi tirado dos seus braços! Sim, sim, estou com TPM. Por sorte encontrei algumas frutas que estavam na lista de compras e agarrei-as antes que os funcionários as guardassem também - e eu não sabia que esvaziavam prateleiras ao final do dia (e antes do super fechar). Vivendo e aprendendo!

Também fui ignorada pela balconista da fiambreria por longos... 20 segundos, até que ela notou minha presença. Pedi-lhe alguns gramas de presunto magro. "Só tem de peru...", lamentou-se com o seu "bom humor" habitual. Respondi que pode ser, que não tendo borda branca tá valendo, e desejei-lhe uma boa noite (estava precisando, credo!).

De resto corredores já vazios e listinha sendo riscada com sucesso, Doritos e chocolate apanhados, tudo certo. Vambora!

Ao chegar ao caixa vazio, fui informada de que aquele posto estava com a balança quebrada - no Nacional é costumeiro pesar frutas e legumes direto no caixa - e teria que me dirigir ao outro caixa, o único ainda aberto. "Tudo bem, está tudo bem". Dirigi-me até ele e comecei a descarregar tudo na esteira quando a mocinha me olhou do alto e disse: "Senhora, esse caixa está fechado, não viu a placa?". Expliquei-lhe que ela era a única caixa que poderia me atender naquele momento, que a tal balança da colega não funcionava e tal tal tal e que eu precisava pesar minhas frutas! (Já que resolvi comprar coisas saudáveis depois de um tempo de descuido, sabe como é). A garota suspirou, fez cara de tédio, estava pronta a repetir que ela já estava fechando suas atividades quando fulminei-a com o olhar mais meigo que uma mulher na TPM pode oferecer (NOT!) e sua gerente ordenou que ela fizesse o último atendimento da noite. Ora pois, onde fica a razão do cliente?! Não é por acaso que essa unidade da rede tem fama de mau atendimento.

Agora, depois de jantar um pacote de Doritos Sweet Chili, naturalmente pensei em combater a pimentinha com um pedaço do chocolate redentor quando... dei-me conta de que na pressa de a dona moça passar minhas compras, esqueci o chocolate no fundo do carrinho. Ele ficou lá, abandonado no supermercado em um domingo de noite fria e... buááááá!

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