sábado, 18 de julho de 2009

Quem não cola não sai da escola

Mas quem cola sai, e muitas vezes não deveria ter saído!

No último domingo, depois de o quarteto clássico - Dani, Rê, Rita e eu - ter assistido à Terça Insana, bateu uma fominha que foi devidamente assassinada no Habib's. Sim, o bom e velho exemplo de mau atendimento da Mostardeiro.
Durante o jantar surgiu a pauta de o quanto colamos na escola/faculdade para nos livrarmos de disciplinas intragáveis, no que a Rita para variar assumiu que nunca compartilhou dessa prática criminosa (sinal de que ainda precisamos trabalhar muito essa menina em nosso curso de boemia e malandragem). As demais assumem que, vez ou outra, já passaram ou receberam uma colinha salvadora, e estamos todas aqui vivas e com canudo. Ok, o canudo da graduação eu ainda não tenho, mas isso não é o foco da discussão.

Entretanto o que quero ressaltar com esse tema é que tem muita gente que, colando ou não, não deveria ter saído da escola ainda. Não consigo entender como pessoas que passaram pelo menos pelo ensino médio são incapazes de se comunicar com o mínimo de bom senso e propriedade gramatical. Os professores Pasquales desse Brasil devem ter princípios de infarto quando leem as barbaridades que lemos Internet afora - e nem desejo entrar no mérito do internetês que insiste em ferir nossos olhos. O problema é o português mesmo!

Simplismente: se você sabe que a palavra é simples, por que raios você troca o e pelo i? Como é que uma pessoa consegue se confundir?

Poblema: essa foi uma agulhada em meus ouvidos na universidade. E veja bem, se o jovem chegou até a universidade teve de formular uma redação de qualidade razoável onde provavelmente superou os seus problemas.

Mendingo: du-vi-do que alguém pronuncie essa palavra do jeito que foi escrita. Fale aí! Que som saiu? Mendigo? Boa! Então por favor escreva corretamente e não colabore para a indigência da língua portuguesa.

Mais: há poucos dias li um artigo em um blog com boa reputação onde a autora articulava seu texto com milhões de mais. Sim, o sentido em todos eles era contradição. Sim, ela queria dizer mas.

Gerúndio generalizado: bom, isso já foi criticado às pampas por aí. Só reforço que essa abominação importada da língua inglesa é uma... abominação.

Durmir: é dormir. Dor-mir. Você dorme, mas eu durmo. Nós dormimos e eles dormem. Só eu durmo, entendeu?

Chuver: idem. A chuva chove. Se você quer lamentar por aí que caiu muita água nos últimos dias, então diga que não parou de chover.

Mecher: pare de mexer nas regras de ortografia por favor. Obrigada.
Aliás, obrigado se flexiona com o gênero do sujeito, tá? Se você é - ou acredita ser - mulher, diga obrigada.

Mau/mal: antes de escrever, por favor faça a relação. Se o que você está querendo expressar é o contrário de bom, então é mau; da mesma forma, se é o contrário de bem, é mal. Não tem erro! Você não está mau arrumada para a festa, você está mal arrumada. E ter ido mal arrumada te deixou de mau humor, e não de mal humor. Facinho!

A lista poderia ser bem maior do que esta, pois atrocidades não faltam. Concordância verbal e nominal são de doer também.
Mas e você? Se irrita com esse tipo de erro também? Ou sou eu a única surtada perfeccionista?

Um comentário:

  1. O foda é que com o passar dos "tempus" essas coisas vão sendo "encorporadas" na língua... :S

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