quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Minhas impressões sobre o Planeta Terra Festival

"O importante não é ter sorte na vida, é ser amigo de quem tem."

Com essa frase avisei a meu chefe que, caso ele me visse no festival que foi realizado pela firma no último sábado, não deveria estranhar. A Dani, colega e amiga, ganhou um concurso cultural interno que pagaria todas as despesas para ir ao Planeta Terra, e como o lance dava direito a um acompanhante... me dei bem.

Como eu não tinha pretensão de ir aos shows, nem sabia direito qual seria o line-up. Fomos ambas conferir no site o que teria de bom para programar que atrações assistiríamos - já que haveria dois palcos bem distantes um do outro, cada um em um canto do Playcenter. Feito isso, e com os vouchers em mãos, nos tocamos para São Paulo no sábado de manhã.

Apesar da minha ressaca desde a quinta-feira por conta do show do Júpiter Maçã, fiz o sacrifício de acordar antes das 8h em um sábado para não perder o voo... que atrasou, claro. Embarcamos sob tempo chuvoso e desembarcamos em um sol de rachar a cuca, so cool! Como as despesas da viagem foram integralmente pagas pela empresa, tínhamos um motorista à disposição para nos levar até o hotel, e de lá fomos de taxi para o local do evento.

Bem, desde que entramos no parque até conseguirmos as benditas pulseiras vip foram uns 20 minutos de caminhada e pedidos de informação fail. Sabe aquela coisa de cada funcionário da produção te dar uma informação diferente? Pois é... quando finalmente um segurança nos apontou o local correto para trocarmos os tais free pass pelas pulseiras, agradeci a ele umas cinco vezes e disse à Dani que ele mereceria um "Valeu!" no final do ano. =P
</piada interna>

Aí, como a área vip ainda estava fechada, resolvemos passear pelo parque para conhecer os brinquedos. Aliás, quase todos os brinquedos estavam abertos e liberados para uso, o que foi a grande sacada do Terra na minha opinião. Assim, entre um show e outro o público poderia passar o tempo curtindo as atrações do próprio Playcenter. E em quase todos sequer tinha fila!
Dani e eu encaramos apenas a montanha russa (que de longe parecia pequenininha, mas era bem forte) e o carro-choque que estava cheio de terráqueos na rodada anterior à nossa.


No estúdio do TerraTV ficaram o Gastão e a Sabrina, ex-MTVs, fazendo comentários sobre os shows durante todo o evento, além do Kid Vinil que aparecia em alguns momentos. Também havia uma área de entrevistas no próprio camarote, onde as personalidades presentes davam os seus pitacos sobre os shows.

E por falar no camarote: na boa, fora a comida mexicana e o open bar, eu preferiria ter assistido a todos os shows da pista! Das pessoas que estavam na enorme área vip, 30% eram famosos prontos a sair em fotos, 60% eram anônimos que estavam ali apenas para fazer a social e os 10% mais maneiros eram justamente os gestores e diretores da firma. Mas de modo geral pouca gente estava prestando atenção mesmo aos shows. E olha que era a hora de Sonic Youth e do Iggy!!! Se não estivesse chovendo teríamos descido para a multidão. Eu teria.

Bom, ainda muito antes do anoitecer tínhamos encontrado o Alex e o Mano na pista, mas em dois toques nos perdemos deles. Paciência...

Os shows? Bem, dos que eu vi:

Móveis Coloniais de Acaju - estava enjoada do primeiro álbum deles que ouvi direto logo que foi lançado e considero as músicas todas muito parecidas entre si, mas o pique dos caras no palco é fora de série. Além disso em certa hora os músicos desceram e tocaram no meio do público. Muito tri!

Os Móveis

Fuja Lurdes - a vencedora do concurso Hit Zero da Coca-cola. Achei-os muito sentimentais... só faltou o visual emo estilo Fresno. Não é minha praia, mas sucesso para eles. Público para esse tipo de música não falta!

Maxïmo Park - não conhecia o trabalho da banda ainda, mas na Last.fm está com as tags "indie, indie rock, british, alternative, rock". Então já fui com boas expectativas. Além disso os caras se esforçaram para interagir com o público, se comunicaram, agitaram e tocaram super bem. Curti.

Maxïmo Park

Copacabana Club - sim, era uma das bandas que eu queria mesmo ver. Cheguei ao palco no meio do show, mas deu para ouvir umas 4 músicas, todas ao estilo moderninho. Fora o look futurista da vocalista, que achei meio over, a performance da banda agradou ao público presente. E deixou a Dani com um tal "Co-pa-ca-ba-na!" na cabeça até hoje.

Sonic Youth - talvez o segundo dos shows mais esperados do Planeta para a maioria do público. Mas a mim não agradou (não, eu nunca parei para escutá-los antes), pois pelo menos live o som de todas as músicas é similar e os caras tocam na vibe deles. Não me lembro de ter visto alguma interação com a plateia. Me pareceu o tipo de banda para ouvir em estúdio.

Iggy & The Stooges - simples: valeu a pena ter deixado de assistir ao Ting Tings que tocou no mesmo horário, mas no outro palco. Que show de rock! O ponto alto do festival sem-som-bra-de-dú-vi-da. Com direito a um palco cheio de fãs durante uma música, Iggy atirando o suporte do microfone na direção de um guitarrista, pagando cofrinho até o final do show, tomando banho de chuva com o público... e enfrentando uma reporter despreparada em uma entrevista.

N.A.S.A. - assisti só um pedaço de um set deles, mas talvez pelo cansaço, talvez pelo frio que fazia àquela hora da madrugada, não curti muito. E olha que adoro música eletrônica! Achei o set confuso, pouca harmonia sonora e muito técnico.

Depois disso em ambos os palcos subiram uns DJs para fazer o clássico fechamento estilo rave, no que decidimos ir embora. Não sem antes aguardar por cerca de uma hora um taxi para voltarmos ao hotel.

Enfim: foi o primeiro ano em que fui ao festival e voltarei mais vezes, com certeza.

E não, acabei não encontrando meu chefe no Planeta, pois ele desistiu de ir devido aos compromissos profissionais do seu sábado.

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