sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Sabe aquele papo de inclusão digital?

Devo passar por preconceituosa muitas vezes, mas é fato que eu não concordo com inclusão digital pela falta de bom senso das pessoas, pela forma esdrúxula como se expõem na web julgando que isso será como seus 15 minutos de fama. É a pessoa que está no lugar virtualmente errado fazendo a coisa errada. São aquelas fotos com uma fantasia de odalisca que a mãe de família publica no Orkut; é aquele nome cheio de fru-frus com caracteres especiais ou um codinome estilo "Vida Loka"; é vídeo publicado no YouTube com garotinhas dançando pancadão; são os recados com erros crassos de ortografia comprovando que o indivíduo frequentou a escola só para paquerar as gateenhas (sic) no recreio; é pau, é pedra, É O FIM DO CAMINHO DA VÁRZEA!

Bom senso, expressão que volto a usar nesse texto, é muito menos função da sociedade que dever próprio. Mas não me restrinjo à inclusão digital: inclusão social também é algo que defendo com uma opinião talvez recheada de preconceito. Tipo... não sou entusiasta da inclusão cidade-baixiana e enquanto escrevo esse texto estou novamente incomodada com aqueeeeela vizinha ninfomaníaca dos primeiros tempos, completo quadro da periferia moral. Agora ela tem um bebê que vive chorando alto (assim como ela continua falando alto) toda vez que eles vêm visitar a atual moradora. Quando a elementa está aqui no prédio sinto como se estivesse em um cortiço, sabe? Mulheres falando a plenos pulmões que"com elas ninguém se mete, porque acham que elas são trouxas? Não, elas vão lá e dão o troco", patati patatá... e a seguir se postando junto à janela onde o sinal do celular pré-pago com ringtone de pagode pega melhor. Isso não é o público do meu bairro, céus! Por que pessoas que vivem em condomínios não podem se comportar se restringindo às suas quatro paredes?!

Esse tipo de mulher é o mesmo que veste legging com bota ou sandália de plataforma (vulgo tijolão) e miniblusinha, e se julga séqsi! É vizinha daquele mano que embarca no ônibus com seu celular tocando mp3 de funk a todo volume, e que fica olhando para todos os lados para conferir se os passageiros viram que ele é o dono do fantástico aparelho. Esses dois provavelmente são amigos das figuras que reunem umas 30 pessoas em um barzinho de boa reputação para realizar um inédito evento de revelação do amigo secreto, com direito a muitos flashes e mil gritinhos a cada adivinhação. Ai, sério, eu não tenho saco para esse tipo de gente!

No meu mundo perfeito e meio blasé isso jamais seria permitido... mas o meu mundo perfeito é pauta para outra oportunidade.

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