quinta-feira, 28 de maio de 2009

10 maneiras de fazer você e todos ao seu redor se sentirem muito mal

1. Transforme pequenos morros em montanhas
Não importa o quão pequeno seja seu problema, aumente-o até que fique insuportável! Se a impressora emperrou, não é um incômodo, é um desastre! Se o carro está com barulho estranho, não é algo que acontece com o uso, é algo que vai custar uma fortuna pra arrumar!

2. Viva em função do problema
Agora que você tem um problema, cuide para que ele tome conta de todos seus pensamentos, até atrapalhar sua relação com os amigos e família. Pense nele e em todos os possíveis problemas decorrentes até não conseguir mais dormir.

3. Se preocupe com coisas que você não pode mudar
Já que os problemas que você pode solucionar só nos ocupam por um tempo, é melhor se preocupar com os que não temos absolutamente nenhum controle! Se precisar de ajuda é só ligar o Jornal Nacional.

4. Deixe tudo se acumular
Deixe tudo que o estressa se acumular, como contas a pagar e e-mails para responder. Quanto mais você enrolar, mais relutante você vai ficar em resolvê-los.

5. Culpe os outros
Nunca tome responsabilidade pelos seus erros. Culpe seus pais, a sociedade, o governo, seu chefe ou sua irmã mais velha. E, claro, não esqueça de dizer a eles de quem é a culpa por sua vida ser tão bagunçada.

6. Se maltrate
Sempre dê ouvidos àquela vozinha na cabeça que diz que você é burro e preguiçoso, até você mesmo acreditar nisso. Se culpe por erros de 20 anos atrás e por não ser 100% perfeito.

7. Reclame bastante
Quando estiver se sentindo miserável, deixe o mundo saber disso. Reclame com os colegas, com os amigos, reclame do clima, do preço da gasolina, da mídia e do governo. Se toda palavra que sair da sua boca for negativa, você estará fazendo um ótimo trabalho para manter o mau humor.

8. Nunca aceite ajuda
Inevitavemente sua reclamação vai fazer alguém te oferecer ajuda. Insista que você não precisa! Mostre que ninguém seria capaz de amenizar seus problemas e que é uma ofensa eles se oferecerem para te ajudar.

9. Siga o caminho de menor resistência
Ao ter que fazer uma decisão, busque a de menor resistência. É mais fácil ficar num emprego terrível do que buscar algo melhor. É mais fácil comer fast-food do que cozinhar, então continue até ela afetar seu bolso e sua saúde. Se você se sente desmotivado, o melhor é ficar em casa de pijama jogando videogame. E ainda reclame (ver passos 5 e 6) de nunca conseguir nada direito.

10. Nunca tire folga
Continue trabalhando ininterruptamente: a falta de sono contribuirá para seu mau humor. Ria de todos que sugerirem férias e diga a eles como são preguiçosos.

*****

A autoria eu desconheço, mas recebi por e-mail (sim, ainda se recebem e-mails) da Flavia. Créditos para ela então. :o)

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Informação demais para uma única cabeça

Faculdade, trabalho, palestras, coaching, certificações, semanas acadêmicas... ai, meu cérebro!

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Romântica sim, e por que não?

Você se dá conta de que é uma romântica assumida, incorrigível, esperançosa e sonhadora quando:

Assiste a um filme de meninas que fala de relacionamentos que dão certo e dão errado, onde a mocinha busca incansavelmente um homem que se apaixone por ela e que acredita que cada um com quem sai pode ser esse cara - e quando ela encontra esse apaixonado no final do filme você deixa cair uma lágrima feliz. Sim, é uma lágrima de esperança porque alguém te contou que ainda há jeito para o amor, e que por mais que as relações hoje em dia sejam imediatistas e hedonistas, se você for fiel aos seus princípios, um dia encontrará quem te corresponda. E melhor ainda: se você acreditar realmente nesses princípios, será capaz de mudar a mente daquele cara que se esconde atrás da sua fama de conquistador.

Ouve pela milésima vez Lábios Compartidos do Maná e sente o coração apertar. Só quem conhece essa música pode entender a força e o desespero que uma paixão proibida tem. Quando você não pode ter a pessoa plenamente ou porque essa pessoa te impede, ou porque fatores externos impedem. Não consigo ouvir a música sem cantar junto com o Fher!

Se revolta com as histórias de amor mal resolvidas das amigas. É a garota que namora um desocupado e praticamente o sustenta; é a outra que não consegue se ver livre de um mau caráter que mantém dois relacionamentos paralelos - e ela já entrou na história sabendo disso; é a amiga que passou meses (anos!) esperando que o namorado voltasse a sentir tesão por ela como nos primeiros tempos, renegando a própria felicidade nesse tempo todo; é outra amiga que tinha um namorado extremamente ciumento, o qual não dava brechas para ela respirar, que fazia cenas de ciúmes em público e que quando finalmente tiveram um filho, se afastou/fez besteiras/jogou tudo a perder; é a colega que depois de anos decidiu trair o marido se envolvendo com um colega de trabalho - que apesar de realmente ser O cara, não justificaria o ato, entre tantas outras histórias.

É conhecida pelos amigos como "aquela que ainda acredita no amor".

Tenta ser menos apegada a esses princípios, porém mesmo tentando se expôr às facilidades de uma vida solteira e livre, não se satisfaz. Sente que está faltando um tempero a mais para a mistura funcionar.

Bom, essas e outras reflexões tive desde ontem quando fui com a Rê assistir ao filme "Ele não está tão a fim de você". Filme com crítica ambígua, como era de se esperar para uma comédia romântica sobre relacionamentos sob a ótica feminina. Eu adorei e recomendo! Não só pela história em si, mas pelos pequenos insights que o filme dá sobre nós e sobre eles, e pelo elenco que reuniu nomes interessantes (Jennifer Aniston, Scarlett Johansson, Ben Affleck, Drew Barrymore e por aí vai). Deve sair em DVD em breve, pois pegamos uma das últimas sessões no cinema.
Aflore seu lado mulherzinha e assista!

sábado, 23 de maio de 2009

Motivos para brindar?

Para aqueles dias em que tu pretende beber pra valer, seja para comemorar ou para esquecer, essa é a trilha sonora que recomendo. Andres Calamaro dá mil motivos para brindar (e para beber mais uma dose).
Entrando em ritmo portenho, degusta aí a letra de Brindo por las Mujeres e a música que segue ao final!

*****

Brindo por las mujeres que derrochan simpatia
Brindo por los que vuelven con las luces de otro dia
Brindo porque recuerdo tu cuerpo, pero olvide tu cara
Brindo por lo que tuve porque ya no tengo nada

Brindo por el momento en que tu y yo nos conocimos
Y por los corazones que se han roto en el camino
Brindo por el recuerdo y tambien por el olvido
Brindo porque esta noche un amigo paga el vino

Porque la vida es dura por el fin de la amargura
Brindo porque me olvido los motivos porque brindo
Brindo por lo que sea que caiga hoy en el vaso
Brindo por la victoria, por el empate y por el fracaso

Brindo por seguir queriendote toda la vida
Casi esta lleno el vaso con la sangre de otra herida
Brindo por la emocion pero tambien brindo por frialdad
Que la salud no falte a toda la humanidad

Desde un rincon del mundo... brindo contigo...

Caiga quien caiga brindo sobre la luz de una vela
Toda la noche brindo y que la mañana no venga
No es un momento triste ya que brindo con amigos
Brindo por el futuro con la noche de testigo

Si alguna vez no brindo siquiera por tonterias
Brindare con silencio por la fortuna perdida
Brindar muy en serio por una vez en la vida
Brindo hasta la cirrosis por la vacuna del SIDA

Desde un rincon del mundo... brindo contigo...
SALUD!



quarta-feira, 20 de maio de 2009

Cariocas

Há uma música da Adriana Calcanhotto com esse título e cuja letra explica um pouco do porquê que eles, os cariocas, têm um magnetismo tão grande para encantar as mulheres. Ok, eu sei que haverá leitoras que discordarão dizendo que para elas não faz diferença ou mesmo não suportam cariocas, entretanto ainda conheço um monte de mulheres que são fissuradas.
Eu particularmente sou fã confessa.

"Cariocas são bonitos 
Cariocas são bacanas 
Cariocas são sacanas 
Cariocas são dourados" 

Todos os que conheci tem um quê de malandragem, ou de sagacidade - como diria a noiva de dois textos atrás - que não há brasileiro de outra região que possua. É algo natural, o cara não precisa pagar de descolado nem de pegador porque simplesmente ele tem a manha. Será que dá pra resumir isso em charme? Acho que não... é algo mais.
E conheci, nesse caso, não significa necessariamente caras com quem tive alguma coisa. Falo de amizade também. Já tive chefe carioca, colega de trabalho carioca, amigos, etc e tal. Se é que me entendem. :o)

"Cariocas são modernos 
Cariocas são espertos 
Cariocas são diretos 
Cariocas não gostam de dias nublados" 

Para eles não tem tempo fechado. São animadíssimos e estão sempre pelo agito. Têm uma energia boa, iluminada, uma criatividade diferente. Eu os definiria como um choppinho na av. Atlântica no final da tarde ao som de drum'n bass aplicado sobre bossa nova. Se você já fez isso entenderá a vibe de que estou falando.
Eles transformam qualquer papo furado em uma conversa interessantíssima, mesmo que o assunto comece com alguma discussão musical (e a cena musical carioca é controversa pra caramba!). Quando menos se dá conta, já se está sentada trocando diversas impressões sobre tudo com eles.

"Cariocas nascem bambas 
Cariocas nascem craques 
Cariocas têm sotaque 
Cariocas são alegres" 

O próprio sotaque me encanta. Que me perdoem mineiros, paulistas, nordestinos e catarinos, mas nenhum sotaque é charmoso como o deles. Tirando os que exageram ao carregar nos "X" e nos "R", um sotaque carioca natural é metade do conteúdo do cara.

"Cariocas são atentos 
Cariocas são tão sexys 
Cariocas são tão claros 
Cariocas não gostam de sinal fechado"

Diferentemente dos outros brasileiros - e aqui vale ressaltar que gaúchos são bem mais travados - eles são adeptos da filosofia de que "o não você já tem; o que vier é lucro". Diante disso eles se jogam, o que facilita muito as coisas para nós. Quem dera que todos entendessem essa equação equilibrada ousadia + bom senso. Até porque não estou dizendo que não existam cariocas que passem dos limites. Em compensação o que existe de homem por aí que não chega nem perto...

Enfim, muitos deles poderiam se mudar pra cá... eu agradeceria sinceramente!

terça-feira, 19 de maio de 2009

Diário de uma mulher na TPM

Querido diário... aliás, apenas "diário", porque chamar de "querido" é uma mania meio emo, já que a tua função é justamente essa: receber minhas confissões.

Hoje o dia realmente amanheceu contra mim, e todas as forças da natureza se aliaram a Murphy para que a terça-feira seja irritante. Entendo perfeitamente a simpatia que ele - Murphy - tem para comigo, mas entendo também que ele seria mais agradável se me desse folga de vez em quando. Mas vamos aos fatos.

Acordei às 06:45h (praticamente de noite ainda) com um frio do caramba e com uma cara amassada de quem tinha ido se deitar 5 horas antes. Agradeço ao espelho por não ter me poupado disso. Após tomar um café correndo e escolher que roupa vestir - já que acordei com aquele inchaço característico das mulheres que sofrem para manter sua saúde reprodutiva -, saí correndo para a aula. Na primeira esquina senti uma agulhada tremenda que me fez parar de caminhar e concluir: "terei um dia de cólicas, legal!".

Chegando à aula, que era de apresentação de diversos trabalhos, tive que me segurar no descanso da poltrona para não levantar e "desenhar" para um colega que o Paraná não fica em Santa Catarina e vice-versa, como ele insistentemente apontava em seu mapa de canais de distribuição. É um absurdo o percentual de alunos que matam as aulas de geografia na escola! Tsc, tsc. E todos os trabalhos de todos os grupos eram extremamente verdes... na falta de criatividade, ser sustentável é a solução. Que tédio...
Apresentei o meu trabalho fashionista com a parceira de UFRGS (e de cólicas) Tubis, fui tomar um café com ela e, assim que subi no ônibus para vir trabalhar, dei-me conta de que esqueci de entregar um livro na biblioteca (livro que já estava com a devolução atrasada). Ótimo, menos R$2,00 no bolso!

No trabalho o dia até que começou tranquilo, não fossem alguns usuários do nosso sistema que fazem coisas erradas e culpam nós, os programadores. Passei meio turno pelo menos atendendo esse tipo de demanda e entoando aquele mantra "não xingarei o usuário, não excluirei o login do usuário, não xingarei o usuário...".

Mas preciso confessar que, no restaurante, todas as tias senhoras à minha frente resolveram escolher a dedo que almôndega de proteína iriam colocar no prato, bem como que folha de alface combinaria melhor com seu composê gastronômico. E eu que já estava em um vegetariano sem muita animação (apenas para aliviar a consciência), tive ganas de pisar no pé delas umas duas vezes, "para agilizar o processo".

Ao voltar para a empresa, trios de transeuntes lentos cruzavam a calçada para me bloquear a passagem. Diário, eis uma coisa que me irrita muitíssimo: pessoas que caminham em barreira e a passo de lesma ocupando toda a largura da calçada. Lembrei-me de uma tia/amiga de família/sei lá que costumava andar pela Rua da Praia dando simpáticos cotovelaços nessas figuras, e por pouco não fiz o mesmo.

Naturalmente quando decidi beber um café após o almoço, cheguei na copa do andar onde trabalho e alguém tinha esvaziado as duas térmicas minutos antes, sem preparar um novo café. Padrão, padrão!

Seguiu-se mais uma tarde de resolução de problemas de usuários onde, se algo de bom aconteceu, foi o fato de o meu colega aniversariante ter curtido o presente que comprei para ele em nome da equipe. Ainda bem, né, porque desde as 7 da manhã estava carregando uma garrafa de cachaça na mochila! Não poderia ser em vão!

Agora só espero poder ir direto para casa tomar um banho quente (e ai do chuveiro que cogite queimar uma resistência hoje), comer qualquer coisa e dormir o que não dormi no final de semana em função da dona UFRGS.

E se o meu vizinho colocar Mallu Magalhães com volume alto hoje... rezarei por ele!

domingo, 17 de maio de 2009

Rio 2006 - "O Casamento"

Esse blog nasceu depois de algumas viagens que fiz, e até hoje elas não foram relembradas por aqui. Hoje estava pensando nisso e decidi escrever para reparar a falta cometida contra elas - as viajadas antigas. Até porque relembrar é reviver, e sempre é muito bom repensar as experiências boas pelas quais passamos.

Em 2006 eu trabalhava em uma agência de Internet onde conheci pessoas maravilhosas, amigos muitos dos quais trago comigo até hoje - mesmo com a distância geográfica que separam alguns de nós - e por conta de uma colega carioca que tinha vindo morar aqui com seu namorido (que tinha sido nomeado em um concurso público e alocado para cá) e que ao voltar para o Rio decidiu oficializar a união, fui com os demais amigos prestigiar o casamento e tentar pegar o buquê.

O casamento seria em um sábado de dezembro, então pedimos a sexta-feira de folga e nos tocamos para a Cidade Maravilhosa na quinta-feira à noite em um dos últimos voos da ainda então independente VARIG (e se você não percebeu ainda, o avião ao topo desse blog é dela porque sou bairrista assumida). Tivemos que fazer conexão em Congonhas, e estávamos no começo do que seria a maior crise aérea brasileira; logo... confusão e caos. Enquanto tentávamos descobrir em que raio de portão seria o nosso segundo embarque, a minha amiga Pati avistou um certo ator global que era unanimidade entre nós (viajávamos Pati, Cris e eu) e questionou: "será que ele vai no nosso voo?". Tão logo terminamos o questionamento importantíssimo, soubemos que, sim, embarcaríamos ali mesmo. Eeeeeeeeeeee! Apesar de eu estar desengonçada carregando um portaternos com nossos vestidos para a festa, saímos correndo corredor adentro e, como não havia lugares marcados, ficamos discutindo para ver quem sentaria na poltrona livre ao lado dele. <mode_tiete_off/> Ninguém o fez, é claro.

Devidamente desembarcadas, a noiva nos esperava no aeroporto e seguimos para o apart onde ficaríamos (e onde o Lúcio, meu colega esperto, já estava hospedado desde a quarta-feira). Deixamos as malas, pegamos alguns pertences para o pernoite na casa da noiva Fabi e fomos explorar a noite carioca com seus amigos nativos.

Primeiro paramos no baixo gávea - que lembra muito a esquina do Ossip -, uma esquina cheeeeeia de gente, alguns isopores de ceva, barzinhos cheios em volta, e mais um monte de gente. Nenhuma novidade. Então um dos amigos nativos sugeriu irmos a uma balada mais forte, onde ele nos garantiria entrada na faixa, com um ambiente massa, blábláblá. Ouquei, vamos lá...

A balada era o 00, que fica dentro/próximo da PUC (sei lá!), e apesar de o lugar sem realmente bem maneiro, era GLS. Ou pelo menos naquela noite de quinta, era. "Bela primeira noite", disse eu com um ânimo daqueles, e como disse o Lúcio sabiamente, só restava beber pra abstrair!
Depois disso só me lembro que passamos pela Rocinha de madrugada, e que da Gávea para a Barra da Tijuca (onde fica o apê da Fabi) a distância é longa demais para o estado etílico de cansaço em que eu estava.


No dia seguinte, de volta ao nosso QG em Copacabana, tentamos ir à praia. Cris e Allan gastaram meia tarde em um shopping para comprar roupas de praia, nos desencontramos e no fim encontramos uma arena onde havia um torneio de tênis. Ficamos por ali assistindo ao Guga e outros tenistas estrela jogarem. E à noite, o destino foi tranquilo com happyhour na Lagoa e jantar no Leblon.


Já o dia de sábado foi de walking tour pela zona sul. Pegar uma prainha em Ipanema, com direito à uma discussão pechinchatória entre nós e um ve
ndedor ambulante de bijouterias, muito biscoito Globo, fotos caminhando pela orla e pelos bairros, aquela coisa que todo turista faz. Sem estressar muito, pois tínhamos o casamento naquela noite.

O casamento foi no Alto da Boa Vista, onde nem nós nem os taxistas que nos levaram sabíamos onde ficava direito. O nosso taxista parou para pedir informações e descobrimos que, ali onde havíamos parado, há poucos minutos houvera um tiroteio entre polícia e traficantes. Medo! "Vamos embora, seu taxista, que não quero perder o buquê!". "Corre, moço, que a gente não quer morrer não!" e outros pedidos gritados por 4 mulheres depois, conseguimos chegar à festa, que foi muito boa!


Depois de fazer tudo o que se faz numa festa de casamento onde quase ninguém te conhece, ainda fomos com os amigos da noiva para uma pizzaria no Leblon. Como eu não me aguentava mais em pé, fui para o apart antes de todos. Banho quentinho e lanchinho feito, dormi tanto que não ouvi nem o pessoal bater na porta depois, hehe. E ainda tivemos que aquietar a Cris que, sob efeito do Red Bull ainda, queria porque queria ir até a praia às seis da manhã. Mandamos ela ficar olhando a praia da janela e se contentar, oras pois!

A ressaca da ocasião não me permite lembrar direito o que fizemos no domingo. Só sei que embarcamos de volta na segunda de manhã e mais uma vez devido ao caos aéreo, passamos meio dia em SP e só chegamos na agência no final do expediente. Mas com muita história para contar para os colegas que não foram.

Participação especial (com saudades) dos companheiros da viagem: Allan Diego, Adri, Cris, Lúcio e Pati.

Ah! E não, não fizemos nenhum dos passeios turísticos tradicionais. Isso ficaria para uma outra viagem ao Rio.

UPDATE: e hoje é aniversário do Lúcio! Fica aqui a lembrança e o desejo de muitas tequilas para ele! Devo a ele algumas bebedeiras históricas, grande parceiro de martelinho!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Dura vida de oxigênio

Lembra das aulas de química do ensino médio ou do cursinho? Você curtia? Eu particularmente adorava estudar química, e pensei em fazer Farmácia ao invés de trabalhar com tecnologia.

Bom, o vídeo abaixo mostra de uma forma bem legal - e por que não dizer didática - a dificuldade de um átomo de oxigênio em se relacionar com outros elementos químicos. O curta foi dirigido por Christopher Hendryx  e criado como trabalho de conclusão do curso de Computer Animation da Ringling College of Art and Design. Uma ótima dica de como fazer as aulas do ensino regular mais interessantes, inclusive.


Via HPSpot

terça-feira, 12 de maio de 2009

Cantadas de categoria

Em tempos como hoje, em que as relações estão cada vez mais superficiais e está difícil conquistar um bom partido, receber uma dessas cantadas é até lucro! Não é não, meninas? =)

*****

1. Você é o ovo que faltava na minha marmita.
2. Eu beberia o mar se você fosse o sal.
3. Não sabia que flor nascia no asfalto.
4. Tô fazendo uma campanha de doação de órgãos. Não quer doar seu coração pra mim não?
5. Nossa, você é tão linda que não caga, lança bombom!
6. Ohhh... essa muié e mais um saco de bolacha, eu passo um mês...
7. Você é sempre assim, ou tá fantasiada de gostosa?
8. Você é a areia do meu cimento.
9. Ahhh se eu pudesse e meu dinheiro desse!
10. Suspende as fritas... o filé já chegou!
11. Você não usa calcinha, você usa porta-jóia.
12. Ae cremosa... Vou te passar no pão e te comer todinha!
13. O que que esse bombonzinho está fazendo fora da caixa?
14. Você não é pescoço mais mexeu com a minha cabeça!
15. Sexo mata!!! Quero morrer feliz!
16. Vamos pra minha casa fazer as coisas que eu já falei pra todo mundo que a gente faz?
17. Você é a lua de um luau... Quando te vejo só digo - uau uau!
18. Nossa, quanta carne... e eu lá em casa comendo ovo!
19. Essa sua blusa ficaria ótima toda amassada no chão do meu quarto amanhã de manhã!
20. Se você fosse um sanduíche teu nome ia ser X-Princesa!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Dando uma de turista

Em tempos de crise - mas não só nesses tempos - podemos encontrar alternativas para a falta de grana para viajar, apenas olhando com outro olhar para as ruas por onde passamos diariamente. Você já experimentou fazer isso? Olhar para a paisagem do dia-a-dia como se nunca a tivesse visto antes? É uma experiência enriquecedora, pode ter certeza.

Assim, no último sábado decidi convidar minha mãe para fazermos o city tour daqui. Há anos existe o que chamamos de linha turismo, que consiste em um ônibus de dois andares onde o segundo piso é aberto e que percorre as principais ruas da área central da cidade, com um guia turístico bilíngue contando a história e as curiosidades dos prédios, praças, avenidas e monumentos por onde passamos. Seria um pequeno presente de dia das mães para ela, mas era um passeio que eu também queria fazer há tempos!

Existem dois itinerários do city tour: o passeio tradicional (o que fizemos) e o roteiro zona sul que é mais verde. Sim, nossa zona sul concentra bairros mais abastados como a zona sul de outras cidades, mas é caracterizada especialmente pelo contato com a natureza. Esse passeio ainda quero fazer muito em breve também.

No passeio escolhido passamos pelo complexo arquitetônico da UFRGS, parques da Redenção e Moinhos de Vento, Planetário, rua 24 de outubro, shopping Total - que é na verdade um conjunto de prédios antiquíssimo em um bairro de origem alemã e o shopping mais original da cidade nesse aspecto, pois não é um prédio quadrado com lojas de grife como os demais -, Theatro São Pedro, Palácio Piratini, Catedral Metropolitana (todos em volta da praça da Matriz), praça da Alfândega, o cartão-postal da cidade que é indiscutivelmente a Usina do Gasômetro, a belíssima orla do Guaíba, o estádio Beira-rio (argh!), indo até o shopping mais up do momento, o Barra Shopping Sul, voltando para a zona central da cidade (e me obrigando a passar de novo pelo estádio colorado, argh!!!), finalizando com uma volta próxima ao Olímpico e o Museu de Porto Alegre. Tudo isso complementado por um sábado de céu azul e vento no rosto.

Tirando o fato de só termos minha mãe e eu de gremistas no ônibus e termos de aturar colorados frenéticos ao passar pelo estádio deles, e também o fato de o ônibus preterir o templo do Imortal Tricolor em função dos "campeões de tudo", o passeio foi bem legal. Ouvir curiosidades sobre a maioria desses pontos trouxe um novo ponto de vista e nos sentimos um pouquinho turistas dentro do próprio ninho. Sensação diferente e muito boa!
E pude perceber que, sim, há turistas nessa cidade mesmo fora de época, pois estávamos entre americanos e franceses no ônibus. Lembrou-me um pouco o hostel paulista do último ano... saudade!

E recomendo também você abstrair a rotina e olhar para a sua cidade com olhos de turista. Observar o estilo arquitetônico daquele prédio, identificar estátuas nas praças, sentar em um banco e admirar a paisagem, tirar fotos, caminhar olhando para cima, para os lados, devagar (sempre que possível) e respirando a cultura da cidade. Ah! E visitar exposições! Não costumamos frequentá-las, mas uma visitinha no horário de almoço do trabalho já vale muito a pena.
Você se surpreenderá!

Vítimas

"Um dos suspeitos de ter arrastado um bebê com um carro, após assalto em Maceió, foi assassinado na noite da quinta-feira (7), na capital alagoana. 
(...)
Um adolescente de 13 anos que estava no local também foi morto. Segundo o delegado, testemunhas afirmam que traficantes foram os responsáveis pela morte dos dois menores.
(...)
O delegado informou ainda que na próxima segunda-feira (11) os pais das duas vítimas serão ouvidos."


Não vou sequer entrar no tema da definição do termo "vítima" a partir do dicionário. O que interessa é que, a meu ver, um criminoso que morre pelas mãos do crime não é uma vítima. Se a mãe dele o tivesse assassinado por se tratar de um dependente químico agressivo - como ocorreu há algumas semanas aqui em Porto Alegre -, nem assim seria uma. Uma pessoa que opta pelo crime não é vítima (nem da sociedade), e ela sabe que sua sorte estará lançada a cada novo dia. Logo, no exemplo acima, o jovem que roubou um carro e deixou uma mãe desesperada o fez provavelmente para financiar o mercado do narcotráfico, no qual se meteu por unicamente sua conta e risco. Não é vítima de nada além da sua fraqueza de espírito.

É diferente de outros casos de crimes bizarros de que temos ouvido falar ultimamente. No mesmo G1 foi publicado que uma adolescente utilizou cola em um bebê de 3 meses para unir seus olhos, boca e genitália. Quem é essa adolescente? A ex de um garoto - sim, um garoto de 20 anos - que insistiu no erro de constituir família cedo e é pai dessa menininha com outra adolescente de 16 anos. Ela, que ainda não foi linchada por ninguém, se o fosse poderia talvez ser chamada de vítima. Mas de sua própria obsessão.

Agora, pensemos: faz sentido adolescentes se agarrarem à relacionamentos e cometerem crimes passionais por conta deles? O que a motivou a fazer isso? O fato de viver em uma comunidade de periferia, sem acesso a muitos recursos e com uma mentalidade transmitida de mãe para filha de que se há alguma garantia nessa vida, que seja de conseguir um marido? Não sei, mas poderá ser. É triste, de toda forma.

Indo mais além: vítima mesmo, de fato e com propriedade, somos apenas quando agredidos (física ou moralmente) sem termos feito qualquer coisa para merecer essa agressão. Vítima é a mãe cujo filho foi arrastado junto com o carro roubado pelo finado aprendiz de criminoso. Porém a outra mãe, a do bebê, no meu ponto de vista não é. Uma menina de 16 anos nunca deveria ter um filho, ou seja, sua irresponsabilidade social lhe tira a inimputabilidade. Mas a sociedade brasileira está tão destituída das noções de ética que já é difícil encontrar a raiz desses problemas todos.

Enfim, fica aqui a minha impressão sobre os acontecimentos de que ouvimos falar nos últimos dias. São tantas, tantas histórias tristes ou repugnantes que chegam aos nossos ouvidos que o estado de revolta já é uma constante. Uma péssima constante em nossas vidas.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Música da semana: Doces Cariocas - Quanto tempo

Hoje me lembrei de que fiquei de plagiar autorizadamente o Tales com seu costume de publicar o famoso post "Música de Segunda", no que eu chamaria de música de quinta. Mas para pegar leve, fica então o propósito de divulgar uma música por semana. Obviamente, músicas do meu gosto pessoal, como já venho fazendo.

Bom, chega de justificativas. A música dessa semana é de um grupo que descobri há poucos dias e que reflete o que mais gosto do Rio: o samba puro. E apesar de o samba carioca respirar malandragem, malícia ou como queira chamar, o trabalho dos Doces Cariocas é suave e agradável. Lembra uma rede na varanda, tarde fresca e tempo livre.

Segue a minha preferida:



Quanto tempo dura a sua fé
Com o bolso rasgado
Sem chão nem telhado
Sem garfo e colher
quantos dias vive um amor
num barco virado
sem remo nem vela
vai contra a maré

Quantas noites você vai virar
pra encontrar a meia lua
quanta estrela você vai contar
pra saber qual é a sua

Quantos passos você tem que dar
gastando sapato
andando de carro
sem samba no pé
quantos dias sem um cafuné
suporta um homem
debaixo de um teto
com sua mulher

Quantos doces você vai comer
pra voltar a ser criança
quantos quilos você quer perder
pra gostar dessa balança

Quantas marés de aquário
podem chegar ao mar
quantas asas você vai cortar
para então renascer e aprender a voar
o vento é que vai soprar

terça-feira, 5 de maio de 2009

Papo de analistas de TI #2

1) Você trabalha em horários estranhos (que nem as putas).
2) Te pagam para fazer o cliente feliz (que nem as putas).
3) Seu trabalho vai sempre além do expediente (que nem as putas).
4) Você é mais produtivo à noite (que nem as putas).
5) Você é recompensado por realizar as idéias mais absurdas do cliente (que nem as putas).
6) Seus amigos se distanciam de você, e você só anda com outros iguais a você (que nem as putas).
7) Quando você vai ao encontro do cliente você precisa estar apresentável (que nem as putas), mas quando você volta parece que saiu do inferno (que nem as putas).
8) O cliente sempre quer pagar menos e quer que você faça maravilhas (que nem as putas).
9) Quando te perguntam em que você trabalha você tem dificuldade para explicar (que nem as putas).
10) Se as coisas dão errado é sempre culpa sua (que nem as putas).
11) Todo dia você acorda e diz: NÃO VOU PASSAR O RESTO DOS MEUS DIAS FAZENDO ISSO (que nem as putas).

*****

Essa listinha é velha e bem conhecida... além de muito verdadeira!

sábado, 2 de maio de 2009

A cerveja e o padre

Final de tarde de um feriado.
Shows gratuitos, populares e ao ar livre no anfiteatro da cidade.
Anfiteatro a 10 minutos de casa.
Pensamento: se vai tocar uma banda maneirinha, e se é de graça, vamos dar uma espiada lá.

Chego ao local e - blergh! - milhões de barracas de comida, fumaça de churrasquinho, criançada chorando, piriguetes passando, banheiros químicos bombando... mas, coragem, vou conseguir encontrar a minha parceira viajada deste blog!

Após encontrar a Josie e pararmos em um local, já que ainda estava no meio da missa campal do Pe. Marcelo Rossi (o show que eu queria assistir viria depois), passei a observar as pessoas à volta. E foi aí que dei-me conta do quanto as pessoas não têm reverência alguma com a sua religião.
É compreensível que, dos milhares de expectadores do evento, uns 30% estavam ali de coração para participar do momento católico da tarde e os demais estavam pela zoeira. Mas ainda assim ver rodas de jovens bebendo cerveja enquanto dançavam as músicas marotas do padre me causou uma péssima impressão. Das piores possíveis.

Fato é que a maioria das famílias se diz católica nesse país, mas emenda dizendo que são católicos não praticantes (o que significa na prática não ter vínculo com religião alguma). De qualquer forma, ao se dignar a sair de casa para ir em um evento como esse, o que custa se comportar com um mínimo de respeito? Alguém aí vai à igreja com uma latinha de cerveja na mão? Tecnicamente ali seria o mesmo propósito!

Que os vendedores ambulantes tivessem cessado a venda de bebidas alcoólicas somente durante a missa. Que os participantes prestassem atenção na letra das canções que estavam cantando. Que houvesse algum impacto cristão nesses coraçõezinhos!

Sei que meus arroubos de revolta nesse sentido estão relacionados ao longo tempo em que frequentei igrejas regularmente (sim, tive temporadas em igrejas evangélicas e temporadas em uma igreja cristã tradicional muito maneira). Por mais que se dê um tempo ou que se mude de opinião sobre alguns aspectos, a essência ficará guardada para sempre no íntimo da gente. E isso é positivo, pois se saímos de uma experiência sem levarmos conosco alguma bagagem, essa experiência terá sido em vão.
Talvez nunca mais volte a ser a cristã que fui nos últimos 10 anos, mas acredito que jamais voltarei a ser um indivíduo sem respostas para as perguntas mais profundas do meu íntimo. Os questionamentos que possuo hoje são muito mais efêmeros do que seriam se a essência não tivesse sido mantida.

No fim não tivemos paciência para esperar o tal show e viemos embora caminhando pela orla, não sem antes sermos quase atropeladas por um trio elétrico com puxadores de escola de samba em cima.
Festas populares sux!

sexta-feira, 1 de maio de 2009

O polvo do oeste

Das coisas que dão um certo alívio na vida, a mais garantida é ver que nesse mundo maluco sempre existem pessoas mais out of the little house do que a gente. Não importa quanta besteira tu fale ou pense, tampouco se teu estilo de vida é socialmente aceitável, sempre vai surgir alguém de quem tu vai rir mais do que tu ri de ti mesmo (e é bom rir de si mesmo!).

Pois bem. Estava eu ontem numa baladinha de gafieira com as amigas Rita e Rê, mais assistindo à aula de dança do que me aventurando no salão quando, encostada no balcão do bar esperando meu drink coffee based - sim, pois profissional de TI que se preza bebe café até na balada - se aproxima de mim uma mulher. Aliás se aproximou, se aproximou muito (medo) e quando estava praticamente me desequilibrando com seu corpo, disse-me:
- Esse é o polvo do oeste! Tá vendo?
- Ahn, polvo?... Ah tá, beleza, disse eu.
- E digo mais! Tu é a guardiã do polvo do oeste, viu? - continuou a criativa loira, agora falando ao pé do meu ouvido, argh!
- Eu? Que isso... vou guardar polvo nenhum não, que tô aqui apenas esperando minha bebida.
Não satisfeita, ela prosseguiu:
- Bom, tu que sabe, mas então deixa o polvo aqui quietinho com as suas franjas (hein? polvo com franjas?) que ele não vai te incomodar.

Esperei apenas o barman tirar uma foto do meu copo para o seu portfolio e saí de ladinho feito um caranguejo, que esse papo de bichos marinhos já tinha cansado.

O tal polvo da dona loira bêbada era uma maxibolsa cheia de franjas que ela simplesmente queria deixar a salvo sobre o balcão do bar - ignorando a chapelaria da casa noturna onde estávamos. Ao contar para as meninas do diálogo inédito, a Rê ainda pôde enxergar que a mulher usava botas de cano alto, salto alto, tudo alto, mas com uma meia de algodão que ia até o joelho, excedendo o cano da bota. Tudo isso com um vestidinho diáfano. E bêbada. Friso bem porque beber é arte; beber além da conta às vezes é preciso; porém sair do seu quadrado (e invadir solenemente o meu) me incomoda muito, como já disse nesse post. Enfim, uma figura única e totalmente desconectada com o local.

E a noite foi tão insana que lá pelas tantas os dois solteiros mais gatos do local vieram se apresentar a nós. Ai, me belisca! :o)
Só que como nada nessa vida é de graça e Murphy é meu melhor amigo, um deles era tímido de doer... Ou seja, sem chance comigo, porque boa conversa e charme são o que realmente me cativam.

O melhor negócio foi terminar a noite fazendo aquele lanchinho básico na Lima e Silva e filosofando sobre relacionamentos alheios com as meninas. Aliás, como a bebida aflora nosso lado analítico, não?