sábado, 28 de fevereiro de 2009

Zeca lê minha mente

Dica musical do dia é Zeca Baleiro. Ao invés do vídeo, o que vale aqui é a letra. Per-fei-ti-nha!
Nem vou me estender, mas seguramente ela poderia ter sido escrita por mim.
Voilà:

Você não liga pra mim, mas eu ligo
Você nunca fica só
O celular é o seu melhor amigo

Te convidei prum chopp no bar
Você me disse: não, nem pensar!
Que que eu posso fazer pra você me notar?
Você não crê em amor nem paixão
Faz pouco caso do meu coração
Você quer ver o meu fim
Não diz que sim
Também não diz que não

Eu ligo o rádio pra te esquecer
Mas tudo ali me lembra você
Também vou fazer canções de amor pra vender
Igual a mim quanto trouxa que tem
Que se apaixona e chora também
Você quer ser o meu mal
Mas sabe que podia ser meu bem

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Entrei Vicky e saí Cristina

Há algumas semanas estava tentada a assistir ao último filme de Woody Allen. Sabendo que as críticas à obra não são muito favoráveis, mas ciente de que um bom filme é aquele que lhe move o coração, fui conferir o que era uma certeza desde quando li a sinopse do longa: na galeria de tipos que Woody traz eu era Vicky, sem sombra de dúvidas. Entrei na sala de cinema disposta a ouvir o que ela tinha a dizer sobre o amor.

Qual não foi minha surpresa quando já nos primeiros vinte minutos de história me vi em Cristina. Indefinida, inconformada com os padrões social-afetivos, inquieta e inconstante. In, in, in. Negação até a última ponta dos fios de cabelo loiríssimos. Ok, apenas nesse ponto ela não sou eu.

Enquanto Vicky casou-se com um executivo de vida preta-e-branca novaiorquina, mesmo tendo sido irreversivelmente sacudida por uma aventura catalã, percebia o quanto essa não é a esperança que tenho para um relacionamento. A cor de Barcelona, a spanish guitar das noites de verão, o ar bucólico das casas, o senso estético e a displicência do artista, a quebra de paradigmas que a mente livre proporciona... são ideias que me atraem, em detrimento do futuro predefinido que um homem de carreira tradicional ofereceria.

Tudo bem que ganhar de brinde uma ex-esposa desequilibrada não é nada bom. Muito menos encarar um relacionamento com ela, até porque como costumo dizer, "qualquer coisa entre duas pessoas e quatro paredes é válida; mais pessoas ou menos paredes, estou fora". Mas confesso que o grau de entrega de Cristina à nova experiência com um sedutor espanhol quase desconhecido me remexeu a alma.

E o fato de essa história ter sido rodada em Barcelona é um atributo à parte. Qualquer filme cujo pano de fundo seja a Europa me ganha nas primeiras cenas!
Ainda acredito que Deus me jogou no mundo na época errada e no continente errado.

Em resumo: recomendo Vicky Cristina Barcelona.
Preferencialmente saboreado com um bom vinho, que foi do que senti falta no cinema hoje!

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

The Blacklist

Ou "Aprendendo com as viajadas próprias e alheias"

• Jamais esperar que as pessoas compreendam mensagens implícitas. Se você deseja transmitir algo com suas atitudes, aborte a ideia. Transmita com palavras, e com assertividade.

• Afogar as mágoas em uma barra de chocolate (substitua aqui por qualquer alimento que lhe seduza) é efeito borboleta na certa. Pequena dose de contentamento imediato que resultará em uma gigantesca preocupação com o corpitcho que será implacavelmente atacado por moléculas afoitas por fazer seu trabalho de rechear os cantinhos. Sem ser chata: coma uma insossa fruta. Sua consciência ficará de cara amarrada, mas no fundo agradecerá!

• Prometer liquidar o cartão de crédito e viver com o dinheiro que ganha, e três dias depois comprar todos os perfumes e cremes que estava precisando parcelados no cartão é no mínimo desamor com o próprio sono.

• Não enviar torpedos maliciosos no meio da madrugada. A probabilidade de eles caírem no limbo das operadoras de telefonia ou do sono do destinatário é considerável.

• Gastar o tempo livre na frente do computador procurando aleatoriedades (geralmente em redes sociais, blogs, cotidiano) ao invés de estudar profissional ou academicamente significa jogar no lixo as poucas horas livres. E ganhar uma culpinha extra quando finalmente você se dá conta de que essas horas perdidas... não voltam!

• Não colocar a culpa na bebida pelas idiotices que você faz por aí. Primeiro porque não cola; segundo porque essas idiotices para você podem "ser esquecidas", mas para seus amigos elas provavelmente serão bem prejudiciais.

• Decididamente não gastar tempo pensando subjetivamente durante o explosivo período da TPM. O entendimento é distorcido, as intenções sempre são as piores, a incompreensão é generalizada e aquelas moléculas lá do segundo tópico estão mais solícitas do que nunca.

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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Coisas que mudam no período de um ano

Hoje é sexta-feira de carnaval.
Apesar de eu trabalhar em uma empresa de mídia digital que já está cobrindo a folia carnavalesca nas principais cidades do Brasil, transmitindo circuitos de Salvador, desfiles cariocas e paulistas e tal tal tal, não consigo me sentir no clima "esquindô esquindô" que toma conta de quase todo mundo em fevereiro. Pode ser porque os últimos dias têm sido de muito trabalho, ou porque tive questões mais sérias para resolver nesse mês, mas o fato é que ficar na cidade no feriadão soa como a melhor das alternativas.

E isso me fez pensar o quanto mudamos de um ano para o outro. No carnaval do ano passado botei pilha em duas amigas para irmos para o Rio praticamente em cima da hora. Isso resultou em um apart superfaturado e uma viagem no sábado de carnaval que tomou praticamente metade do dia - sendo que o tempo total da volta foi 4 horas de dentro do apart em Copacabana para dentro da minha ex-casa em Canoas.
Já esse ano não quero nem ouvir marchinhas típicas (ano passado fomos até no tradicional baile de gala do Scala). Tanto que a única noite que estou combinando com amigos é uma festinha rock underground no Beco. Manifesto contra o grito de carnaval? Não... apenas acredito que não vale a pena entrar num clima que não me deixa mais à vontade. E acredito também que a alegria carnavalesca é tão artificial, tão fabricada pela mídia, que se perder em 4 dias na folia não passa de uma fuga.

E sou contra fugir de qualquer coisa.

Em muitos outros aspectos percebo a mudança que um ano fez em minha vida. Aprendi a ser mais responsável comigo mesma, com meu dinheiro, com as pessoas à minha volta.
Deixei de lado uma certa inocência que ainda tinha. Inocência não é a palavra: deixei de cultivar na verdade a bondade que já foi minha mais visível característica. Não que hoje seja uma pessoa má e egoísta, entretanto descobri que é essencial mensurar o quanto se doar por alguém poderá ferir a minha auto-estima, e que se isso ocorrer, dificilmente a pessoa por quem me doei perceberá. E mais dificilmente ainda ela, percebendo, fará algo para me reconstruir.
Foi um aprendizado doloroso, e como qualquer ferida que, cicatrizando, torna a área atingida mais áspera e endurecida, foi assim que "venci" essa etapa. Mais endurecida. Menos sentimental. Um pouco menos crente na reciprocidade humana.
Sob esse aspecto uma das metas para esse ano é reconquistar um pouco da pureza de espírito.

As pessoas que fazem parte da vida da gente também mudam em um ano. Por exemplo, uma das amigas com quem viajei no carnaval passado não está mais próxima de mim. Porém, como não é a primeira vez que isso ocorre e o motivo é recorrente, não há o que se possa fazer.

Bom, o negócio é curtir um feriadão muito rock'n roll, como diz o Leo, e não entrar na vibe de que depois do carnaval é que o ano vai começar de verdade.
Tolice de quem pensa assim e perde 2 preciosos meses da vida!
O ano começou com tudo logo após o reveillon e já tenho muita história pra contar!

Post escrito ao som de psytrance, que me ajuda a concentrar no trabalho.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Descobrindo os PoETs

Uma das melhores sacadas dessa cidade é o Porto Verão Alegre, a saber, uma espécie de festival cultural que ocorre nos meses de janeiro e fevereiro para quem não arreda o pé de Forno Alegre e que reúne peças teatrais consagradas e inovadoras, além de outros eventos relacionados à arte de maneira geral. Em suma: é garantia de diversão com preços muitíssimo acessíveis.

Nessas, minha amiga Rê teve a ótima ideia de assistirmos a algumas peças antes que a barbada acabe. Então selecionamos dois eventos bem distintos: primeiro fomos a uma noite psicodélica ao quadrado no Ocidente assistir aos PoETs - onde Josie já tinha decidido ir de qualquer maneira - e em segundo lugar, fomos finalmente assistir ao Bailei na Curva (que será assunto para outro post).

<off_topic> Sim, o site do Ocidente é sofrível, mas esse estilo largado faz parte da identidade do bar e ele sempre será referência na cidade. Adoro a proposta do lugar justamente por isso! </off_topic>

Mas quem são esses tais PoETs afinal, né?
Trata-se de um projeto muito legal onde três caras reuniram sua criatividade, sua bagagem musical, uma porção extra de ironia/questionamento para se transformar em um show que ora é música, ora é poesia contemporânea. É música pra dançar e cantar bem alto. Pra rir e pra usar de pretexto. Pra pensar e pra fazer pensar. Afudê! ("Afudê" é o nome de uma música deles, cabe dizer).

Vai um videoclipe dos caras pra quem não conhece poder ter uma noção. As gurias e eu compramos o CD na hora, direto com os caras, e tá bombando na minha Last.fm há uns quantos dias!



Participação especial da Rê que acompanhou as viajadas até o Ocidente. E acompanhou também na finaleira da noite comendo o clássico cachorro-quente da República.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

O último capítulo de uma novela mexicana

Por mais que eu brinque sobre mexicanidades, nunca acompanhei uma novela mexicana. Nem mesmo aquelas que promoveram a Thalia. Sei que são recheadas de tragédias e amores problemáticos, fiquei imaginando como teria terminado a "Maria do Bairro": feliz para sempre ao lado do seu amado após uma vida inteira de sofrimento ou seria a morte do mesmo em seus braços??? Acho que a última seria a mais mais mais mexicana!

A questão é que nas últimas semanas eu vivi um relacionamento "mexicano", foram dias em que fui ao céu e ao inferno. Tive explosões de felicidades e alguns dias que preferi nem tê-lo conhecido.

Sei que pedi isso... de coração... eu desejei que aparecesse alguém na minha vida que me balançasse, que me tirasse do lugar, que me fizesse sentir o coração na garganta, que me agitasse cada vez que o telefone tocasse, que me proporcionasse ir a lugares que eu ainda não tinha ido ou coisas ainda não feitas. Só que eu esqueci de um detalhe importante que eu nem achei que fosse necessário incluir no pedido: esta pessoa deveria ter o coração tão livre quanto o meu. Essa foi a falha. Uma falha que não tive tempo de "corrigir" por assim dizer.

Não cheguei a ter tudo o que desejei. Confesso-lhes que faltou pouco, mas após a minha "viajada solitária" consegui fazer com que a razão falasse mais alto e optei pelo meu amor próprio e pela minha paz de espírito. Maquinei o seguinte: ter uma sessão de sexo maravilhosa (o que era sempre!) e depois termos mais uma vez uma conversa definitiva (já foram várias!).

Meus planos tinham tudo pra dar certo, até o momento que ele precisou ir embora socorrer o pai que não passava bem.

Fiquei sem sexo e sem ter a oportunidade para falar. Ok, ok, tentaria no dia seguinte. Em vão, claro! Pois uma moto precisava ser consertada e não tinha previsão de término.

Só que a minha língua não aguentou! Depois de torturar alguns amigos e o Rocco (meu filho canino), decidi que eu não poderia mais esperar! Mandei um e-mail com classe e com a educação que a mamãe me deu. Disse-lhe que a falta de alternativa pra nós fazia com que eu tomasse aquela atitude e o quanto eu lamentava por ter que fazer por e-mail devida a falta de oportunidade apresentada nos últimos dias.

Pra minha surpresa recebo como resposta um "tudo bem" e um "nem se eu quisesse mudaria", ou seja, se tu não aceita as minhas condições o problema é teu eu nem tava querendo nada mesmo!

Enfim, acho que vocês imaginam o que será a última cena do último capítulo... não? Então, descrevo-lhes: sou eu com uma carinha angelical fatiando calmamente o bonequinho de vudu que fiz pra ele e então sobe a plaquinha "FIM" - deixando na expectativa dos que acompanharam a novela se o vudu daria certo com o ex-futuro-candidato-a galã da novela (risos).

Claro que mesmo assim ainda não consegui deletá-lo, mas isso é só uma questão de tempo!

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

E a síndrome das histórias inacabadas

Não, esse post não tem por objetivo falar de relacionamentos. Geralmente quando lemos uma frase como a do título desse texto já a associamos a histórias de amor mal escritas, mas não é disso que estou falando.

Tenho um péssimo hábito de não levar a cabo as empreitadas em que me lanço. É o diploma do curso técnico que não busquei; são os livros que deixei pela metade na estante, no criado-mudo, na biblioteca da universidade; é a certificação profissional cujo treinamento preparatório ficou pela metade; é a faculdade onde já abandonei uma porção de cadeiras por motivos fúteis; são as amizades que ficaram perdidas ao longo dos anos por falta de cuidado; é a academia de ginástica abandonada no auge do insuportável verão gaúcho.

Isso pode ser encarado como sintoma de uma ansiedade exagerada de querer ver o resultado antes da hora. Quando vejo que não será tão simples e que demandará mais tempo para se chegar "lá", desanimo totalmente e passo a acreditar - erroneamente - que não vale a pena esse esforço todo. Não agora. Posso tentar novamente daqui a algum tempo.

E assim o tempo, regulador de nossas vidas, vai passando implacavelmente mês a mês, ano a ano, inverno e verão se alternando enquanto eu fico em duas situações: ou paralisada sem saber por onde [re]começar, ou de fato recomeçando do ponto em que parei (e muitas vezes tendo que voltar ao ponto de partida, porque o esforço parcial se tornou obsoleto).
Desde o ano passado tenho procurado mudar de estratégia e tenho tomado atitudes sem pensar muito nas consequências. Ou seja, se me passou pela cabeça o insight, decido seguí-lo de uma vez e não deixo mais espaço para a reflexão, pois percebi ao longo do tempo que ela é justamente a vilã da história. É como o diabinho da consciência de nossas fábulas.

Espero nesse ano continuar melhorando nesse aspecto, me jogando de cabeça nas atividades, dormindo pouco, estudando muito, procurando mais os amigos, trabalhando com prazer e ocupando a mente com coisas práticas, exatas e automatizadas.
Assim, se mente vazia é a oficina do diabo, ao menos assim garantirei meu passaporte para o Céu.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Uma viajada solitária

É a primeira vez que pego a minha mochila - que como uma boa menina está bem pesadinha com roupas que não terei tempo de usar - e me sumo sozinha no mundo.

Claro, frase com exageros - meu destino era certo! E o ideal: curtir a minha companhia.

Ontem, caminhando, sentindo a maresia, a areia se acumulando debaixo das minhas unhas e observando as pessoas me peguei pensando em como o ser humano cria a dependência em outras pessoas. Primeiro é a família: não nos imaginamos viver sem ela, embora possa ser um tanto estressante programas familiares - pra termos a companhia até aceitamos tais situações.
Segundo são os amigos: aquela família que construimos com base nas afinidades. Geralmente temos "grupinhos". Aquele amigo pra ir no cinema, aquela que curte teatro, aqueles que encontramos somente no boteco com muita ceva gelada, aquelas que são baladeiras natas e porque não aqueles que estão somente no ambiente de trabalho?
E, por último o marido: ou companheiro ou namor ou qualquer coisa assim.

Só que chega o dia em que não nos sentimos felizes com aquele casamento e decidimos que é melhor ficar sozinha.

Estou bem e feliz há um ano. Fazendo o que pessoas solteiras fazem!

Mas, eu precisava me testar mais. Queria ver se eu poderia realmente ser feliz assim! Confesso que foi um tanto trabalhoso passar o protetor solar nas costas, só que não estou queimada. Então, me senti capaz!

Ontem, finalizei a minha noite lendo Clarice Lispector - livro que ganhei do meu cunhadinho querido no último niver e que estou devorando em doses homeopáticas e prazerosas - até que parei no título Perdoando Deus. Me vi logo no primeiro parágrafo. Ela descrevendo um dia na praia, várias reflexões sobre a vida até que num momento sublime e como demonstração de carinho se sentiu mãe de Deus, da Terra, da vida. Até que Deus colocou em seu caminho um rato morto. Um rato, seu maior pavor - voltando a se sentir apenas uma mortal qualquer.

Fechei o livro e dormi pensando qual seria o meu rato morto. O que me faria voltar à realidade? O que me faria sentir a necessidade de não estar mais nesse momento sublime? O quê? O quê?

Não cheguei a nenhuma conclusão e sim ao sono. Hoje, continuando a minha vida solitária novamente acordei a hora que quis, comi o que me deu vontade, saí com o cabelo parecendo a medusa e com brincos e anéis que piscaram pra mim. Não me preocupei com a combinação das roupas. Não tinha ninguém para me reprovar. A não ser eu mesma! E, confesso a vocês a minha companhia é afudê!

No entanto, a minha companhia não foi o suficiente no meu último banho! Encontrei o meu rato morto. Enquanto lavava o meu cabelo e olhei para a parede, lá estava ela! Uma lagartixa. Me olhando, me analisando, me encarando, meu maior trauma de infância. Quis gritar. Mas, não havia ninguém para me socorrer. Aliás, se alguém no hotel viesse me socorrer seria um tanto constrangedor.

Preferi o meu silêncio pavoroso. Quando encerrei o banho ela não estava mais no meu campo de visão. Penso, desejo, peço que ela não esteja no meu quarto quando eu voltar. Ainda não sei como será a minha noite.

Estes dias são como uma terapia. Quem já fez terapia sabe: muitas perguntas, muitas reflexões e nem sempre as respostas estão na ponta da língua.

Acho que estou conseguindo atingir o que vim buscar!

A cor da esperança

Há músicas que são verdadeiras obras de arte, indo muito além da combinação melodia agradável + letra interessante.

E apesar de eu ouvir muita coisa, existem aquelas músicas que fazem o coração bater mais forte por vários motivos:

• quem compôs disse o que tu precisavas dizer a alguém;

• a música te transmite ânimo, esperança, "luz-no-fim-do-túnel";

• a melodia embala teu corpo de uma forma arrebatadora;

• a música te provoca uma explosão de energia (ou de emoções);

• ela é um ponto de contato que traz lembranças de pessoas ou lugares (minha capacidade de associação nesse sentido é um capítulo à parte);

Entre outras várias razões.

Uma das músicas que me toca profundamente - pelo segundo motivo da lista - é "Color Esperanza" do charmosíssimo Diego Torres. Ele a compôs na época da crise que a Argentina viveu, no começo desse século, e teve por objetivo trazer à sociedade exatamente o que diz o título: esperança.

"Es mejor perderse que nunca embarcar
mejor tentarse a dejar de intentar
aunque ya ves que no es tan fácil empezar"


Abaixo vai o videoclip que eu também adoro, e a letra na íntegra está aqui.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

The Wishlist

Que ele tenha a voz estonteantemente sexy do Zeca Baleiro.

Que saiba discernir entre a hora de ser um amigo palhaço e a hora de ser um homem arrojado.

Que use um perfume marcante, daquele tipo que, misturado ao seu cheiro pessoal, imprima a sua personalidade. Quero um perfume cujo cheiro sinta com meu pensamento.

Que curta programas bolados na hora.

Que goste ao menos um pouco de cinema, teatro, museus, indiadas culturais e eventos cool.

Que saiba quem é Moloko e Franz Ferdinand.

Que possua um abraço no qual, aconchegada, eu esqueça do mundo lá fora.

Que saiba ou queira aprender a dançar!

Que tenha histórias para contar.

Que goste de ouvir e entender a cabeça das mulheres.

Que saiba separar suas experiências passadas do tempo presente, e que não relembre-as enquanto estiver comigo. Ao menos não insistentemente.

Que beba comigo!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Na contramão do feriadão

A primeira viajada do ano precisa ser registrada aqui a fim de fazer jus ao nome desse blog, ora pois!

Domingo à tarde, três meninas pegam o carro e deslizam freeway acima, freeway abaixo para fazer um bate-e-volta na praia e fugir da rotina calorenta de Forno Alegre. O lado bom de pegar a estrada no final do feriadão é encontrá-la liberada e chegar rapidinho. Bom, liberada é modo de dizer, porque éramos nós e os argentinos batendo corrida! (e nem um hermano charmoso encontramos por lá depois, tsc tsc).

O destino era Tramandaí, ou melhor, sua prainha mais ao sul: a famooooooosa Jardim Atlântico. :o)


Carro descarregado em casa, armários recheados com coisas tri saudáveis - como pode-se conferir na nossa fruteira - fomos dar um alô pro mar e sentir o fantástico cheiro de peixe que o mar de ressaca proporciona! "Ah, se fosse em Santa isso não estaria acontecendo... no Rio também não!", suspirei.
"Sim, no Rio estaria chovendo!" disse sabiamente Josie ao relembrar nosso carnaval encharcado do último ano.

Bem, esquecendo esse pormenor (que que é uma chuvinha carioca quando se está na Cidade do Samba) e depois de encontrar o Tales e descobrir que ele é meu vizinho litorâneo, todas de banho tomado, maquiagem, cheirosas, fomos catar uma baladinha confirmada em Tramandaí ou Imbé.

Roda roda roda, para, desce, anda anda anda, e cadê o agito?! Hm... vamos ver a beira-mar, SEMPRE tem show e tal! Roda roda roda e só procissão para Iemanjá, aff.
Vamos então pra Imbé! Lá ceeeeerto que vai rolar algo de bom!

Roda roda roda, e só achávamos pagodes caídos e tchê music. Eita povo que só curte um dois-pra-lá-dois-pra-cá! Aí lembrei-me que o lugar que àquela hora poderia nos salvar seria o centrinho de Oásis que é... hm... a prainha do lado de onde estávamos pernoitando.
Dito e feito. Trio elétrico, gente boniiiiiiita, comida farta, "aquela coisa". Pra que ir tão longe quando se tem tudo o que se precisa pertinho de casa, né? Já diz a filosofia da novela indiana da Globo.

Bom, no dia seguinte conseguimos acordar meio cedo e pegar sol. Nem acredito, Murphy permitiu uma marquinha de biquini! Quanta generosidade conosco!

Chimas e almojanta depois, voltamos para Tramandaí de modo a passar o tempo e tentar não pegar um trânsito tão pesado. Ah sim, e também para proporcionar à Josiely o melhor e mais farto lanche de camarão da face da Terra. Aliás, falando em Terra... prefiro não comentar o que vi. Só uma overdose de pizza em cone de chocolate para me consolar depois de ver como o amor é cego.
E óbvio que passei mal depois de comer o segundo cone de pizza! Malditos homens que acabam com nossas dietas again!

Na volta foi uma hora e meia de cantoria dentro do carro para espantar o sono da motorista e também para me doutrinar no pagode. Mazaaah! Não foi dessa vez que vocês me contaminaram, gurias!

Participação especial de Josiely.